Posted by : Francisco Souza domingo, 15 de dezembro de 2013

 O FILHO PRÓDIGO

TEXTO BÍBLICO – LUCAS 15.11-30

15.11   Continuou: Certo homem tinha dois filhos; 15.12   o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. 15.13   Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. 15.14



Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. 15.15   Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. 15.16   Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. 15.17   Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! 15.18   Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; 15.19   já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.15.20   E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.15.21   E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.15.22   O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; 15.23   trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, 15.24   porque este meu filho estava morto e reviveu,

estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. 15.25   Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. 15.26   Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. 15.27   E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. 15.28   Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. 15.29   Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; 15.30   vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado

                INTRODUÇÃO
                O Filho Pródigo é talvez a mais conhecida das parábolas de Jesus!
                Vamos relembrar esta história!



                UMA DECISÃO PRECIPITADA v.11-12
                15.11   Continuou: Certo homem tinha dois filhos; 15.12   o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
                Jesus contou a história de um homem rico que tinha dois filhos, provavelmente esses filhos estão no início da juventude.
Os dois trabalhavam com o pai na fazenda da família, mas o mais jovem deles se tornou impaciente e queria partir para longe da casa dos pais. Queria ser livre, para ir a outras terras e viver como lhe agradasse. O pai notara que o filho queria partir, mas não disse nada.
Um dia, o mais jovem se aproximou do pai e disse: “Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe.” Ele, naturalmente, não podia pedir a divisão da propriedade porque o patrimônio da família devia permanecer intacto enquanto o pai fosse vivo.  Ele teria recebido um terço da herança, por ocasião da morte do pai (Dt 21.17). Por isso, pedindo a herança ele está decretando a morte do seu pai vivo.
Pedindo sua parte, o filho mais novo confessava que não permaneceria mais com o pai, que se aborrecia com a rotina diária e queria a parte a que tinha direito para gastá-la como quisesse. O pai deu ao filho o que era seu!




UMA VIDA NO PECADO v.13
15.13   Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra

distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
O filho mais novo recebeu sua parte e ajuntou “tudo o que era seu”. Estava agora por conta própria e livre para ir. Pensava: “Tenho dinheiro, vou viajar.” Poderia ir para a Babilônia, ao leste; à Ásia Menor, ao norte; à Grécia e à Itália, ao oeste; ou ao Egito e África, ao sul. Tinha o mundo à sua disposição.
Diversos fatores influíram profundamente no futuro do filho mais jovem. Seu idealismo juvenil, sua inexperiência, sua saída da fazenda para a cidade, o dinheiro à mão — tudo teve um papel importante. Princípios de vida e conduta, aprendidos em casa, foram postos de lado e esquecidos.
A reprovação do irmão mais velho — “esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes” — não é mera acusação. Baseava-se em informações que a família recebia, de tempos em tempos, de como o caçula passava seus dias dissolutamente. A desobediência às leis da economia e da moral não podia continuar. Ele teve que pagar um preço pela vida desregrada.
Em relativamente pouco tempo, gastou tudo. Chegou ao fim da linha. As notícias sobre a quebra da safra eram os principais comentários naquela terra. A inflação levou os preços para os ares, os empregos eram raros, e a economia indicava que tempos difíceis tinham chegado. O jovem de vida devassa estava sem dinheiro e sem sequer um amigo que o ajudasse.
Essa palavra, “dissolutamente”, apresenta alguns significados. Entre eles: “devasso; corrupto, libertino, miséria, pecado, hedonismo, prazeres da carne”. Uma palavra que diz muito sobre aquele que decide sair da presença do Pai. O moço dessa parábola decidiu sair de perto do pai, pensando ser esse o tipo de vida que vale a pena. Talvez tenha imaginado: “Agora é que eu tenho vida, não tenho fronteiras, não tenho limites, não tenho os olhos do meu pai. O velho não está aqui. Estou sozinho, tenho dinheiro, tudo o que realmente preciso”. Assim como esse jovem, há muitos filhos que também pensam assim. Porém, quando constatam que essa forma de viver é a pior possível, já estão bem destruídos, machucados pelo pecado.


PASSANDO NECESSIDADES v.14-16
15.14   Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar
necessidade. 15.15   Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. 15.16   Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
Em terrível necessidade, percorreu as ruas e arredores da cidade procurando serviço, mas tudo que pôde achar foi a tarefa humilde de alimentar porcos. Ele tinha chegado agora à degradação mais profunda, pois desde a
infância aprendera, como qualquer judeu, que o porco é um animal imundo (Lv 11.7). Os judeus estavam estritamente proibidos de criar porcos. “Não é permitido criar porcos, onde quer que seja”; “Amaldiçoado
seja o homem que criar porcos”.
 Era agora empregado de um gentio e teve que abandonar o hábito de guardar o Sábado. Nessa triste situação, estava alijado da religião de seus pais espirituais. Ele estava desesperado. Seu empregador o fazia sentir que aqueles porcos tinham mais valor para ele que um simples empregado. Sentia falta de amizade e consideração, mas ninguém se importava com ele. Por causa da escassez de comida, sua alimentação diária não era suficiente para acalmar suas dores de fome. Queria até mesmo comer da comida dada aos porcos, as vagens da alfarrobeira.
Talvez não existisse no seu vocabulário essa expressão “necessidade”. Isso porque nunca talvez tivesse experimentado isso antes. Na infância provavelmente tivera de tudo: roupa lavada, comida sempre na hora, cama quentinha... Certamente não precisou trabalhar para ter tudo isso. Não experimentou a falta, a ausência. Até que depois de ter consumido tudo, começou a passar necessidade. O que ele levou na bagagem foram “coisas”, e como tudo que é material acaba, ele se viu em apuros.
Quando se leva dos pais apenas o dinheiro, certamente surgirão as necessidades. Já a fé, o nome, a honra contribuem para que os momentos de necessidades sejam superados. O nome que o pai deixa nunca acaba. Também jamais acaba a fé que o pai pode legar para o seu filho. Nunca acaba a honra, a educação. Mas se o pai se preocupa apenas em construir riquezas materiais para o filho, em apenas legar moedas, recursos, crendo que tudo isso é a única herança que ele pode deixar, certamente o filho terá muitas necessidades diante da vida.
Não há problemas em sair de casa, pois a bíblia no ensina que o homem deixará seu pai e as mãe. O problema é sair de casa antes da hora, como aconteceu com o filho pródigo. “Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.” O moço de Lucas 15 não apenas foi cuidar de porcos, mas foi viver junto a eles e passou a desejar a comida deles. Passou a viver como animal para satisfazer o corpo, as necessidades do corpo.



VOLTAR PARA CASA? V.17-20
. 15.17   Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! 15.18   Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; 15.19   já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.15.20   E, levantando-se, foi para seu pai.
A falta de consideração mostrada por um cidadão daquela cidade era mais do que o rapaz podia aguentar. Esse foi para ele o ponto máximo. Buscara a bondade humana e não a pudera achar. As notícias a respeito da fome o fizeram pensar em sua terra natal. Começou a pensar em sua casa. Devia voltar? Quando essa idéia lhe passou pela cabeça, primeiro ele a afastou. Os servos e os contratados dificilmente esconderiam seu escárnio. Seu irmão mais velho, de modo algum, o receberia bem se voltasse para casa, para uma propriedade a que não mais tinha direito.
Seu pai veria seu segundo filho descalço e vestido como um maltrapilho. Voltando, assim, para casa, ele seria a figura de um mendigo. O filho começou a pensar em seu pai — como o tinha magoado, como seu pai lhe havia dado a parte da herança que ele, filho pródigo, tinha esbanjado. Começou a falar consigo mesmo: “quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!” Ele se comparou aos trabalhadores de seu pai.
Sabia, também, que tinha desobedecido o mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá” (Ex 20.12).  Ele tinha pecado contra Deus.
Quando caiu em si, estava pronto para confessar seus pecados contra Deus e contra seu pai. Ele disse a si mesmo: “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti.” Sabia que tinha transgredido o mandamento de Deus, e que, agindo assim, ofendera e magoara seu pai. Queria se corrigir. Procuraria o pai e lhe diria: “Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.”
Levantou-se e foi para casa.



                O PAI v.20-21
15.20   E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido
dele, correndo, o abraçou, e beijou.15.21   E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
Podemos presumir que o pai tenha tentado descobrir onde vivia o filho e o que fazia longe de casa. As notícias sobre a fome, com certeza, chegaram até ele. Deve ter sabido das condições miseráveis em que o filho vivia, e que determinariam a sua volta, porque constantemente olhava ao longo do caminho por onde esperava que ele regressasse.
O pai olhava na direção de onde esperava que seu filho viesse. Quando o viu, seu coração se compadeceu
dele. Deixando de lado a mágoa da partida, correu ao encontro do filho, descalço e maltrapilho, e, abraçando-o, o beijou.
O pai aceitou o filho como membro da família antes que ele pudesse atirar-se a seus pés para beijá-los, como um escravo; ou, antes, que se ajoelhasse e lhe beijasse as mãos. Abraçando-o e beijando-o, deixou que soubesse que era considerado filho. Assim, não foi necessário que o jovem fizesse o discurso que já havia preparado para dizer que gostaria de ser empregado como trabalhador na fazenda de seu pai.
 Mesmo assim o filho confessou seu pecado: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.” Ele falou a verdade. Já não era mais digno por causa de seu passado. Tinha perdido o direito legal à sua filiação. Mas, o pai o aceitou como filho, e isso pôs fim a qualquer idéia de trabalhar na fazenda como contratado.



UMA FESTA v.22-24
15.22   O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; 15.23   trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, 15.24   porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.
O longo período de espera chegara ao fim. O pai tinha seu filho de volta. Portanto, era hora de comemorar. O pai ordenou aos servos que lhe trouxessem as melhores roupas.
Puseram-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. O filho foi tratado com muita honra pelo pai, pois as melhores vestes estavam sempre guardadas para hóspedes muito especiais. O anel era símbolo de autoridade; e, assim, todos podiam ver que ele estava reintegrado. Naturalmente, as sandálias lhe foram dadas para indicar que era um homem livre. Os escravos e os pobres andavam descalços.
 “Trazei também e matai o novilho cevado”, disse o pai, “Comamos e regozijemo-nos.” O pai ordenou que houvesse músicas e danças. Todos os membros da família e os servos foram chamados para a festa. Era hora de celebrar e ser feliz.
 “Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” O pai se referia ao fato de que o filho, deixando de ter parte na herança da família, e dando por acabada sua obrigação moral e material para com o pai, tinha-se desligado, voluntariamente, de casa. Na prática, o filho estava morto. Na verdade ele não tinha mais nada a reclamar sobre a propriedade, quando o pai morresse. “Este meu filho estava morto e reviveu”, disse o pai.



O FILHO MAIS VELHO v.25-30
15.25   Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. 15.26   Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. 15.27   E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. 15.28   Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. 15.29   Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; 15.30   vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado
A parábola do filho pródigo poderia se encerrar com as palavras: “E começaram a regozijar-se.” Mas, então, a sentença introdutória: “Certo homem tinha dois filhos” seria de pouca ou nenhuma significância. A história estaria incompleta sem outras referências ao filho mais velho.
O pai não era pai apenas do filho mais novo; era pai, também, do filho mais velho. Seu primogênito tinha sido um filho leal, com interesse pessoal na fazenda. Naturalmente, o filho sabia que era o herdeiro. Ele estava fora, no campo, enquanto todos celebravam a volta de seu irmão. Ele servia bem a seu pai, e seu pai aprovava o zelo do filho.
Não nos é contado por que razão o irmão mais velho foi o último a saber da volta do caçula. Pode ter sido porque naquele dia ele tinha ido inspecionar a parte distante da casa, e, por isso, tenha voltado mais tarde, naquela noite.
Ao chegar, ouviu a música e as danças e perguntou a um dos servos o “que era aquilo”. Em segundos ficou sabendo que o irmão mais moço tinha voltado e que o pai mandara matar o novilho cevado, porque recebera de volta o filho, são e salvo.
O filho mais velho simplesmente não podia entender por que seu pai estava tão feliz com a volta daquele filho inútil. Ninguém, nunca, antes, expressara alegria e felicidade por causa do primogênito; ninguém, nunca, fizera uma festa para aquele que ficara em casa e que servia ao pai. O filho mais velho se recusou a entrar em casa. Não tinha nada para tratar com seu irmão irresponsável, que, ao voltar para casa, recebia a atenção de todos.
O pai tinha tido que sair de casa para ir ao encontro de um filho; saiu de casa, outra vez, para encontrar o outro. Ele dera as boas-vindas ao primeiro; saiu e fez o mesmo com o segundo. Tratou os dois da mesma maneira. No entanto, o irmão mais velho não queria tratamento igual.
Ele censurou o pai, embora o pai continuasse a argumentar com ele. Ao se justificar, o filho via a si mesmo como um dos servos, não como filho. “Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua”, disse ao pai.  Acusou o pai de nunca lhe ter dado sequer um cabrito para festejar com os amigos. Para seu irmão fanfarrão, ao contrário, mandara matar o novilho cevado. Suas palavras eram cortantes e amargas; se recusava a tratar o pai como “pai” e a se referir ao irmão como “irmão”. Insolentemente, disse: “Vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.”
Com estas palavras magoou o pai tanto quanto o magoara o filho pródigo. O filho mais velho se afastava do pai, tanto quanto o fizera o irmão mais moço. Aquele voltara para casa; o pai, agora, procurava argumentar com o outro para que fizesse o mesmo. Tanto o mais velho quanto o mais novo eram seus filhos, e o pai se dirigiu ao mais velho com a mesma ternura com que se dirigira ao caçula.
Disse o pai: “Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu”. O pai ensinou-lhe o que significa ser filho: estar sempre na presença do pai, como herdeiro. Mais ainda, mostrou-lhe as relações familiares de pai para
filho e de irmão para irmão. Ele estava dizendo: Porque és meu filho, eu sou teu pai; e porque o pródigo é meu filho, ele é teu irmão. Como uma família, disse o pai, “era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.
O filho mais velho, que fielmente tinha servido o pai, na fazenda da família, aceitaria ficar ao lado do pai quando este celebrava a volta do mais jovem? A parábola termina com um refrão: “Porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”
Jesus não disse o que aconteceu depois. Parou ali, propositalmente. Se tivesse mostrado a recusa do filho mais velho de entrar em casa, teria fechado a porta. Deixando inacabada a história, indicava que a porta permanecia aberta. O pai convidou o filho a participar das festas; o filho tinha que se decidir. Cabia a ele a decisão.



CONCLUSÃO
Jesus retratou o amor do pai pelo filho para deixar bastante claro que o amor de Deus é infinito. A atitude do pai, na parábola, representa o perdão amoroso de Deus oferecido ao pecador que se arrepende. Como o pai disse
aos servos: “Comamos e regozijemo-nos”, assim Deus se alegra com seus anjos por um pecador que se arrepende.
A parábola do filho pródigo proclama as boas-novas do evangelho. Todos aqueles que voltaram suas costas para Deus, que consideram a igreja fora de moda e aceitam a permissiva sociedade atual, encontrarão um Pai celestial amoroso, esperando por eles, no momento em que regressarem. Há uma volta ao lar para eles, porque Deus é o lar.
O cristão, que está firme na igreja e nunca se desviou, ao contrário do filho mais velho,  deve regozijar- se e alegrar-se, quando um pecador se arrepende.  Para ele são dirigidas as palavras: “Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu.”
Do ponto de vista da economia, modernos filhos pródigos têm dissipado milhões. Os pródigos de nossos dias esbanjam tempo e talentos como se não tivessem valor. Não é de admirar que os justos digam: “Imaginem se esses recursos fossem usados para difundir o evangelho e construir o reino de Deus!” O maior grupo de evangelização chama-se desviados.
Quando um pródigo moderno cai em si e volta para Deus, há alegria nos céus. Como o céu se alegra, assim a igreja deve celebrar e regozijar-se quando alguém espiritualmente morto revive, e quando o que estava perdido é achado.
ILUSTRAÇÃO - Tim Cimbala, pastor da Igreja do Brooklin, em Nova Iorque, fala de sua fillha primogênita que se mostrava insensível ao evangelho. Mesmo tendo um ministério reconhecido no mundo inteiro, estava perdendo a batalha dentro da própria casa. Sua filha, ainda adolescente, saíra de casa e mergulhara nas sombras espessas do mundo. Ele pensou até mesmo em abandonar o ministério. Sua dor era avassaladora. Um dia, um amigo lhe sugeriu deixar de sofrer pela filha e seguir adiante no ministério. Mas como um pai pode esquecer-se de um filho, de uma filha? Certa noite, em um culto de vigília, uma  irmã da igreja levantou-se e disse que aquela igreja nunca tinha chorado em favor da menina. Então os irmãos deram as mãos e fizeram um grande círculo ao redor dos bancos e, naquela noite, o santuário transformou-se em uma espécie de sala de parto. Houve lágrimas, soluços e gemidos diante de Deus, rogando ao Senhor pela libertação dela. Logo que amanhaceu o dia, o pastor regressou à sua casa e disse para a esposa que estava convicto de que Deus havia libertado sua filha naquela madrugada. Dois dias depois, bem de manhã, a campainha tocou e, quando abriram a porta, a menina entrou com lágrimas nos olhos dentro de casa e caiu de joelhos diante de seu pai, perguntando-lhe o que havia acontecido naquela madrugada, dois dias atrás. Confessou que foi tomada por uma profunda convicção de pecado e que desejava voltar para Deus, para a família e para a igreja. Deus restaurou aquela menina e o instrumento que usou foi a oração intercessória!
ILUSTRAÇÃO - Esta preciosa promessa foi real na vida do pastor Billy Graham. Billy Graham é considerado o maior evangelista de todos os tempos. É o homem que pregou para o maior número de pessoas até hoje. Pregou o evangelho literalmente no mundo todo. Mais de 210 milhões de pessoas participaram de suas cruzadas evangelísticas. Milhões entregaram suas vidas ao Senhor Jesus Cristo. Mas mesmo um grandioso pastor como ele, enfrentou várias dificuldades com seus filhos, especialmente com Frankilin Grahm. Frankilin é o filho homem mais velho. Ele conta que seu pai sempre lhe despertou admiração e respeito. Mas, além disso, ele tinha um temor incontrolável de que nunca conseguiria ser como seu pai. Frankilin começou a sofrer. Ele começou a pensar que ser filho de pastor era uma maldição. Achava que no auge da juventude, perderia o melhor da vida e até a identidade. Foi então que Frankilin rebelou-se. Passou a viver uma vida devassa, nas drogas, nos vícios, na imoralidade. No entanto, Frankilin não se alegrava naquela vida. Ele se cansou de toda aquela falsa alegria, aquela falsa satisfação. Ele estava cansado de ser um escravo dos vícios. Quando completou 22 anos, seu pai lhe disse: “Você não pode continuar brincando, em cima do muro”. Essas palavras falaram forte ao coração de Frankilin. Ele repensou toda a vida mesquinha e medíocre que estava levando. Naqueles dias, num quarto de hotel em Jerusalém, ele leu Romanos 8:1: “Portanto, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Ele próprio relata: “Joguei fora o cigarro da boca, caí de joelhos ao lado da cama e entreguei-me. O rebelde havia achado uma causa”. Frankilin não pode suportar a vida que levava. Ele sabia que precisava tomar uma decisão por Jesus. Sabia que só em Cristo ele poderia encontrar significado para a vida. Só em Jesus Cristo ele teria libertação do jugo do pecado. Então ele se rendeu. Sua vida deu uma guinada radical e ele tornou-se um ardoroso seguidor de Jesus. O testemunho de Frankilin tornou-se uma poderosa arma de evangelização. Em 1995, uma das revistas mais importantes do mundo, a revista TIME dos EUA, publicou uma matéria de capa chamada “O Filho Pródigo”, sobre a vida de Frankilin Graham. Logo ele também foi ordenado pastor, desenvolveu seu próprio ministério e também se tornou um grande evangelista. Hoje Frankilin é um pastor respeitado mundialmente, pelos cristãos e lideranças mundiais. Ele também é presidente da Associação Evangelística Billy Graham, uma instituição com cerca de 3 milhões de doadores, que arrecada cerca de 100 milhões de dólares por ano, destinados ao sustento de centenas de missionários ao redor do mundo.

Esta parábola nos ensina que Deus é misericordioso com seus filhos. Deus é como um pai e nós somos seus filhos. Fruto da desobediência vem as consequências: sofrimento, dor tristeza, mágoa, pobreza, drogas, acidentes, doenças sexualmente transmissíveis: honra teu pai e tua mãe para que se prolongue os dias na terra. Graças a Deus a “ficha” cai um dia, o filho pródigo se lembra da casa do pai. O filho volta para casa. A filha pede desculpa. O pai estava orando por isso. Era seu desejo. Queria poder abraçar, beijar, dizer que amava.

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