Posted by : Francisco Souza quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Aspectos da Salvação


Graça.
É o poder dinâmico de Deus que provêm imerecidamente para capacitar o homem a desejar e fazer a Sua vontade (Fp 2.13; 1Co 1.4,5; 15.10; 2Tm 1.9; Tg 1.18; 2Co 3.5; Hb 13.21; Is 26.12; Jr 10.23; Pv 16.9; 20.24).

Predestinação.
É o conselho ou decreto de Deus concernente aos homens decaídos, incluindo a eleição soberana de uns e a justa reprovação dos restantes (Rm 8.29,30; 9.11-24; Ef 1.5,11).
Os dois aspectos da predestinação são:
?    Eleição: É o ato eterno de Deus pelo qual Ele, em seu soberano beneplácito , e sem levar em conta nenhum mérito previsto nos homens, escolhe certo número deles para receberem a graça especial e a salvação eterna;
?    Reprovação: É o decreto eterno de Deus pelo qual Ele determinou deixar de aplicar a certo número de homens as operações de sua graça especial, e puni-los por seus pecados, para a manifestação da sua justiça. Os dois aspectos da reprovação são preterições e condenação.

Vocação.
Vocação ou chamada é o ato de graça pelo qual Deus convida os homens, através de Sua Palavra, a aceitarem pela fé a salvação providenciada por Cristo (1Co 1.9; 24,26; 1Ts 2.12; 1Pe 2.9; 5.10; Mt 11.28; Lc 5.32; Jo 7.37; At 2.39; Rm 8.30; Gl 1.15; Ef 4.1; 4.4; 2Ts 2.14; 2Tm 1.9).

União.
É a ligação íntima, vital e espiritual entre Cristo e o Seu povo, em razão da qual Ele é a fonte da sua
vida e poder, da sua bem-aventurança e salvação (Ef 5.32; Cl 1.27).

Regeneração.
É o ato de Deus pelo qual o princípio de uma nova vida é implantado no homem, e a disposição dominante de sua alma é tornada santa.
É a comunicação de vida divina à alma, que implica numa completa mudança de coração (Ez 11.19;
18.31; 36.26; Jr 24.7; Rm 6.4,11, 13; Ef 2.6; Cl 2.12,13; Jo 5.21; Jo 10.10,28; 1Jo 5.11,12; Jo 1.12; 3.3,5).

Conversão.
É o ato exterior, visível e prático da salvação operada na vida do pecador regenerado (Lc 22.32).
Os dois aspectos da conversão são:
?    Arrependimento: é o aspecto negativo da conversão, porque implica no abandono do pecado e em dizer não para as coisas pecaminosas.
É a mudança voluntária e consciente, produzida na vida do pecador, efetuada pelo Espírito Santo, a qual atinge sua mente, seus sentimentos e conduz o pecador ao abandono voluntário do pecado (Mt 21.28-30; 2Co 7.9,10).
?    Fé: é o aspecto positivo da conversão, porque implica em voltar em direção a Deus e em dizer sim para a sua Palavra.
É um firme e seguro conhecimento do favor de Deus, para conosco, fundado na verdade de uma promessa gratuita em Cristo, e revelada às nossas mentes e seladas em nossos corações pelo Espírito Santo (As Institutas, III, 2, 7, Calvino).
 
Justificação.
É um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei estão satisfeitas a favor do pecador (At 13.39; Rm 5.1,9; 8.30-33; 1Co 6.11; Gl 2.16; 3.11).
Na justificação estão incluídos o perdão, a adoção, a substituição vicária e a imputação.
Os dois aspectos da justificação são:
1. Adoção (aspecto positivo / o crédito é imputado).
É o resultado da ressurreição de Cristo e se dá por meio da imputação, na qual a justiça de Cristo, que dá o direito legal à adoção, é imputada ao crente.
A regeneração opera uma filiação moral enquanto que a adoção opera uma filiação legal.
2. Remissão ou Perdão.
É o aspecto negativo da justificação, pois quando Adão pecou, ele foi condenado pelo que fez de errado (iniqüidade), como também pelo que deixou de fazer de certo, errando o alvo (pecado).
Adão, então pecou por ação (iniqüidade = pecado consciente, voluntário, transgressão) e omissão (pecado. 1Jo 3.4).
Cristo em sua obra vicária corrigiu os erros de Adão, obedecendo passiva e ativamente, negativa e positivamente os mandamentos de Deus, pois a lei inclui mandamentos negativos (não adulterarás, etc) e mandamentos positivos (amarás a Deus, etc).
O perdão é, portanto o ato judicial de Deus pelo qual ele concede ao pecador, na cruz, os benefícios resultantes da obediência passiva de Cristo.
O perdão é resultado da morte de Cristo enquanto que a adoção (o aspecto positivo da justificação) é resultado da ressurreição de Cristo (Rm 4.25).
Na morte Cristo aniquilou o pecado, na ressurreição trouxe justiça. O perdão é operado mediante a substituição, a justiça é concedida por meio da imputação.
O perdão é concedido na cruz.
A justiça é imputada no tribunal de Deus (1Pe 3.18).

Adoção.
É o ato judicial de Deus, resultado prático da regeneração, pelo qual Ele declara seus filhos
emancipados e herdeiros da vida eterna (Tt 3.7).
Adoção não deve ser confundida com regeneração, pois na adoção Deus coloca o pecador que já é seu filho regenerado na posição de filho adulto. Na adoção não há transformação interior (moral). A adoção não muda o interior do pecador, muda a sua posição perante Deus.
Deus não adota pecadores não regenerados, Deus só adota aqueles que já são seus filhos.

Imputação.
É o ato de Deus pelo qual Ele debita meritoriamente na conta da humanidade o pecado de Adão, e judicialmente na conta de Cristo o pecado da humanidade, e gratuitamente na conta da humanidade a justiça de Cristo. Imputação significa ?debitar?, ?atribuir responsabilidade? ou ?lançar na conta de alguém?. Paulo ensina esta doutrina quando assume a dívida de Onésimo(Fm 18,19). Do mesmo modo Jesus Cristo tomou a nossa dívida.

Substituição.
É o ato judicial de Deus pelo qual Ele pune os pecadores pelos seus pecados, provendo um substituto qualificado, sobre o qual recaiu todo o pecado e a culpa imputados à humanidade por causa do pecado de Adão (Is 53.4-7; 1Co 5.7).
Um substituto qualificado deveria possuir:
?    Perfeita Encarnação: deveria ter natureza humana completa para poder representar adequadamente a humanidade (Hb 2.14-17; 5.1; Jo 1.14).
?    Perfeita Identificação: deveria ter uma profunda identificação com o sofrimento humano (Hb 2.18; 4.15; 5.2,3). A nossa identificação com Cristo é tão perfeita que somos identificados com Ele na sua morte (Rm 6.3; Cl 2.12).
?    Perfeita Santidade: Um homem comum não seria um bom representante da raça humana. O substituto deveria ser santo, inocente, sem mácula , separado dos pecadores (Hb 7.23-27). Um mortal comum não poderia salvar ninguém, pois sendo mortal, não se salvaria nem a si mesmo.

Santificação.
É a graciosa e contínua operação do Espírito Santo pela qual Ele liberta o pecador justificado da corrupção do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus, e o capacita a praticar boas obras.

Perseverança.
É a contínua operação do Espírito Santo no crente, pela qual a obra da graça divina, iniciada no coração, tem prosseguimento e se completa, levando os salvos a permanecerem em Cristo e perseverarem firmes na fé. A perseverança representa o lado humano (Lc 8.15; Rm 2.7; Ef 6.18).

Segurança.
É a garantia eterna e imutável da salvação, iniciada e completada por Deus, no coração dos regenerados. A segurança representa o lado divino (Sl 89.28-37).

Redenção.
É o ato gracioso de Deus pelo qual Ele liberta o pecador da escravidão da lei do pecado e da morte (Rm 8.1,2), mediante o pagamento de um resgate (Rm 6.20-22; 1Co 6.19,20; 1Pe 1.18,19; Ap 1.5; 5.9; Gl 4.1-7).
1. A necessidade da redenção.
Todas as criaturas humanas da terra pertencem a Deus (1Co 10.26; Sl 50.12), mas não são todas de
Cristo (Rm 8.9). O homem só se torna propriedade exclusiva de Cristo mediante a obra da redenção (1Co 6.19,20; Hb 2.13-15).
O mundo (sistema) é de Satanás (Lc 4.6; 1Jo 5.19) e as criaturas humanas que estão no mundo pertencem a ele (At 26.18; Mt 12.30; Mc 9.40), por isso era necessária a redenção, para que através de Cristo Deus resgatasse (comprasse) do mundo os que viriam a crer nele, para que através da redenção passassem a pertencer a Cristo (Jo 15.19; 17.14; 18.36; Cl 1.13).
Se um homem ainda não foi redimido, embora sendo criatura de Deus, continua sendo filho do Diabo, do qual é ele escravo (Jo 8.44).
Somente os filhos de Deus são verdadeiramente livres (Gl 2.4; 5.1; Rm 8.21; 2Co 3.17).
2. A natureza do redentor.
Deveria ser parente próximo da vítima. Era ele, o redentor (goel no hebraico) quem deveria resgatar o sangue da vítima assassinada (Nm 35.19-34; Js 20.3-5); era ele quem deveria resgatar a possessão da família que fora vendido (Lv 25.24,26, 51,52; 27.13,15, 19, 20,31; Jr 32.7); era ele quem deveria resgatar a pessoa cujo empobrecimento forçou-a a se vender a um não judeu (Lv 25.47-49).
Em Ezequiel 11.15 a expressão ?os homens do teu parentesco? significa ?os homens da tua redenção?. O redentor deveria preencher certos requisitos:
?    Deveria ter parentesco do escravo a ser resgatado (Rt 2.20; 3.9,12; 4.1,3 6,14);
?    Deveria ter meios com que pagar o resgate (Rt 4.6; Sl 49.7-9);
?    Deveria querer efetuar o resgate (Rt 3.13; 4.4; Rm 5.7);
?    Deveria ser livre e não poderia ser um escravo, um escravo não podia resgatar outro escravo.
3. Cristo é o nosso Redentor.
Ele se fez nosso parente próximo (Hb 2.14,15; Fp 2.7); Ele pagou com seu sangue (At 20.28; 1Pe 1.18,19); Ele nos resgatou voluntariamente (Jo 10.17,18); Ele não tinha pecado (2Co 5.21).

Reconciliação.
É a operação graciosa de Deus pela qual Ele reconcilia os pecadores consigo mesmo, por meio da morte de Jesus Cristo, removendo a inimizade (2Co 5.18-21; Cl 1.20-22).
O termo usado no antigo Testamento para reconciliação é expiação.
Os dois aspectos da reconciliação são:
1. Expiação.
A reconciliação (no grego: katallagê) tem seu aspecto negativo na expiação, que enfatiza a morte de Cristo para o perdão dos pecados em relação ao homem. (A justificação possui aspectos semelhantes a reconciliação.
É negativa e positivamente considerada:
(a) Perdão e (b) Adoção).
A expiação é a remoção da causa da inimizade do homem (Rm 5.10).
Na expiação a fraqueza, a impiedade e o pecado (mencionados em Rm 5.6-8), fatores causadores da inimizade são removidos.
Portanto expiação é o cancelamento da fraqueza (Rm 5.6), da impiedade (Rm 5.6) e especialmente do pecado (Rm 5.8; At 3.19).
Na expiação a ação se dirige para aquilo que provocou o rompimento no relacionamento, e se ocupa com a anulação do ato ofensivo.
2. Propiciação.
É a reconciliação em seu aspecto positivo, e por isso vai além da expiação, pois enfatiza a morte de Cristo em relação a Deus.
Na propiciação a ação se dirige para Deus, a pessoa ofendida.
O propósito da propiciação é alterar a atitude de Deus, da ira para a boa vontade e favor.
Na propiciação é a ira que é removida (Rm 5.9,10) e a amizade de Deus é restaurada.
Não é o caso de Deus mudar, mas sim de que sua ira é desviada (Sl 78.38; 79.8).
Em Êxodo 32.14 o termo:- arrepender é wayyinnahem, no hebraico, e hilaskomai, no grego, que significa ?ser propício?.
É também usado em Lamentações 3.42; Daniel 9.19; 2Reis 24.4.
É claro que se trata de linguagem poética, pois há passagens em que se diz que Deus se arrependeu de fazer o bem, como em Jeremias 18.10, como se o bem fosse causa para arrependimento.
Na expiação Cristo ofereceu-se pelos os homens, na propiciação Ele ofereceu-se à Deus (Hb 9.13,14; 1Pe 3.18).
A expiação extingue o pecado (a inimizade contra Deus), a propiciação extingue a penalidade do
pecado (a ira de Deus) que é desviado para a cruz de Cristo (Rm 3.25).

Renovação.
É a operação graciosa de Deus que inclui todos aqueles processos de forças espirituais subseqüentes ao novo nascimento e decorrentes dele (Sl 51.10; 103.5; Is 40.31; 41.1; Cl 3.10).

Glorificação ou Ressurreição.

É a operação divina pela qual o crente regenerado há de ressuscitar corporalmente, tendo seu corpo abatido, transformado à semelhança do corpo glorioso do Senhor Jesus (Fp 3.21; 1Ts 4.13-17; 1Jo 3.2).

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