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A figueira Israel existe para salvação
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Posted by Francisco Souza
Israel é como uma pasta de figos, como remédio para a
humanidade, para todas as nações. Mas não é em si mesmo que este povo é
salvação e bênção sobre a terra. Israel só pode ser uma ajuda para um mundo
enfermo por causa dAquele que vem de Israel e se tornou o sacrifício para o
mundo: Jesus Cristo. Este já foi o desígnio de salvação de Deus com Abraão,
quando falou ao patriarca de Israel: “…em ti serão benditas todas as famílias
da terra.” (Gn 12.3b). Jesus é o Salvador do mundo, mas foi o judaísmo que o trouxe
ao mundo. Essa é a única razão de ser do povo judeu, do qual o Eterno de Israel
fez vir Seu Filho Jesus Cristo para salvação do mundo inteiro!
Os botânicos descrevem a figueira da seguinte maneira:
– “Tem tronco retorcido com casca clara”. Em si mesmo,
Israel é torto e rebelde, mas resplandece por meio de Jesus Cristo. Tive que
pensar em Moisés, que em si mesmo também era “torto”. Mas quando retornava do
encontro com Deus, “a pele do seu rosto resplandecia” (Êx 34.29).
– “A ramada se estende em todas as direções e tem folhas com
cinco pontas”. Israel se tornou salvação para todos os povos. O Evangelho foi
anunciado primeiramente em Jerusalém, Samaria e Judéia, mas depois, partindo de
Israel (figueira), – para todas as direções, para todos os povos. Folhas com
cinco pontas: cinco é o número da graça. Uma pasta de figos foi colocada sobre
a parte enferma do corpo de Ezequias e ele foi curado. Jesus teve cinco
ferimentos que se tornaram a salvação do mundo.
Em Isaías 49.3 está escrito: “…e me disse: Tu és o meu
servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado” (Is 49.3). Aqui vemos a
identificação de Israel com seu Filho maior, Jesus Cristo. A
figueira Israel,
em conexão com Jesus, o Messias, tornou-se a salvação para o mundo.Por isso está escrito mais adiante: “Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra” (Is 49.6). Aqui a Palavra de Deus não se refere mais a Israel propriamente, mas Àquele que viria de Israel, a Jesus Cristo: “…pouco é o seres o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel…” Pois Israel não poderia restaurar a si mesmo, nem poderia tornar a trazer os remanescentes de si mesmo. E como a figueira Israel em si mesma é torta, resplandecendo somente em seu Messias, assim também é evidente que as palavras seguintes se referem ao Filho maior de Israel: “…também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra”. Por isso Jesus disse em João 4.22b: “…a salvação vem dos judeus.”
2. Profética mente parece que já se delineia também a futura
salvação de Israel – seu próprio restabelecimento se avizinha
Voltemos novamente para o rei Ezequias, que já estava diante
da morte, mas em lágrimas implorou a cura ao Senhor. Deus ouviu sua oração e
ordenou a Isaías: “Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o
Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis
que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à casa do Senhor. Acrescentarei aos
teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta
cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo.
Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a
úlcera; e ele recuperou a saúde” (2 Rs 20.5-7).
Assim como Ezequias, também Israel ainda terá que enfrentar
angústia mortal. Pois no tempo da Grande Tribulação todas as nações da terra se
voltarão contra Israel e se reunirão em Armagedom para destruí-lo totalmente.
Mas então esse povo, em agonia, como Ezequias outrora, clamará ao Senhor com
suas últimas forças: “Deus de Abraão, Isaque e Jacó! Nosso Messias, vem e
salva-nos dos nossos inimigos!” Ele ouvirá Seu povo e o salvará – Israel poderá
ir ao templo novamente (pois Jesus levantará o templo do Milênio) – Ele
derrotará os inimigos de Israel e protegerá a cidade de Jerusalém.
A história de Ezequias se encaixa no contexto das afirmações
de Deus sobre o futuro de Israel e da vinda de Jesus. Assim talvez já possamos
ver, na pasta de figos, por meio da qual a saúde de Ezequias foi restabelecida,
um paralelo da figueira restabelecida em Mateus 24: “Aprendei, pois, a parábola
da figueira…” E a declaração: “…no terceiro dia subirás à casa do Senhor”, é no
mínimo interessante. Pedro disse: “Há, todavia, uma cousa, amados, que não
deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um
dia” (2 Pe 3.8). Desde a primeira vinda de Jesus a Belém já se passaram quase
dois mil anos (dois dias divinos). Não é em vão que após 1948 anos Deus fez de
Israel novamente um povo na Terra Prometida, e no ano de 1967 lhe devolveu a
cidade de Jerusalém. Será que Israel subirá novamente à casa do Senhor no
“terceiro dia”? Não sabemos o momento exato da vinda de Jesus para a Sua
Igreja, nem o dia da Sua volta para Seu povo Israel. Mas vemos e presenciamos
em nossos dias a restauração da figueira: Israel é conduzido em direção à sua
cura. E nosso Senhor prometeu expressamente: “Em verdade vos digo que não
passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra,
porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.34-35).
O que significa comer do pão e beber do vinho?
Culto de Santa Ceia
| 1 Comentário
Participar do culto da Santa Ceia, é muito importante, neste
dia, muitos irmãos se reúnem na igreja para tomar a ceia do Senhor Jesus.
Santa Ceia:
O que significa comer do pão e beber do vinho?
O pão, representa o corpo de Cristo, já o vinho, representa
o Sangue de Jesus, ou seja, é o sangue da aliança, que é derramado em favor de
muitos, para o perdão dos pecados. Jesus nos diz que, devemos tomar a Santa
Ceia em memória dele, para que possamos alcançar a vida eterna e sempre
pertencer a ele.
Ainda neste artigo, vamos conferir também os melhores
versículos para culto de Santa Ceia, para ser
pregado a palavra do Senhor, que
é um forte alimento para nossas almas.
Os versículos que serão encontrados abaixo, falam sobre
Santa Ceia, sendo assim, na hora que você receber a oportunidade na igreja, com
certeza, vai pregar muito bem e bonito. Medite já, na palavra do Senhor, ele
sempre tem uma palavra especial para o filho que fala com ele.
Veja todos os versículos:
Enquanto comiam
Mateus 26:26-,- Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu
graças, partiu-o e o deu aos seus discípulos, dizendo: “Tomem e comam; isto é o
meu corpo”. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos,
dizendo: “Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é
derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. Eu digo que, de agora em
diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o
vinho novo com vocês no Reino de meu Pai”.
Tomando o pão
Lucas 22:19,20 – Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu
aos discípulos, dizendo: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto
em memória de mim”. Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo:
“Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês.
A participação no sangue de Cristo
1 Coríntios 10:16,17 – Não é verdade que o cálice da bênção
que abençoamos é a participação no sangue de Cristo e que o pão que partimos é
a participação no corpo de Cristo? Como há somente um pão, nós, que somos
muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão.
Aquele que se alimenta de mim
João 6:53,57 – Jesus lhes disse: “Eu digo a verdade: Se
vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não
terão vida em si mesmos. Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue
tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é
verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo aquele que come a
minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como
o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se
alimenta de mim viverá por minha causa.
Fomos libertados da Lei
Romanos 7:4-6 – Assim, meus irmãos, vocês também morreram
para a Lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que
ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus. Pois
quando éramos controlados pela carne, as paixões pecaminosas despertadas pela
Lei atuavam em nosso corpo, de forma que dávamos fruto para a morte. Mas agora,
morrendo para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados da Lei, para que
sirvamos conforme o novo modo do Espírito, e não segundo a velha forma da Lei
escrita.
23 Perguntas e Respostas palavra de Deus
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Posted by Francisco Souza
01) Qual o significado da palavra "Bíblia"?
A palavra "Bíblia" é de origem grega e quer dizer
"LIVROS". São, ao todo, 73 livros: 46 no Antigo Testamento e 27 no
Novo Testamento.
02) Quem é o autor da Bíblia?
O autor da Bíblia é Deus.Não foi Ele, porém, quem a
escreveu. Essa tarefa coube aos homens e mulheres que, movidos pelo Espírito
Santo, foram aos poucos escrevendo tudo o que a eles era inspirado que
escrevessem.
03) Os autores humanos da BÍBLIA apenas"copiaram"
o que Deus "ditou" a eles?
Não, os autores humanos da Bíblia receberam a inspiração de
Deus e usaram das próprias palavras - e dos próprios conhecimentos - para
redigir os textos inspirados
04) Como a Bíblia foi escrita?
A BÍBLIA foi composta"A DUAS MÃOS": por Deus, que
a inspirou, e pelos homens e mulheres que a escreveram. Não sabemos quantos são
os autores humanos da Bíblia, mas sabemos que são muitos. Daí afirmarmos que a
Bíblia foi escrita em "mutirão".
05) Quando a Bíblia foi escrita?
A Bíblia foi escrita entre o ano 1250 antes de Cristo e o
ano 100 depois de Cristo, aproximadamente. Ou seja, ela levou mais de mil anos
para ficar pronta.
O Antigo Testamento foi escrito na Palestina (a terra de
Jesus), na Babilônia (onde o povo judeu, num determinado momento de sua
história, esteve exilado) e no Egito (para onde muitos judeus foram depois do
cativeiro na Babilônia).
07) Onde foi escrito o Novo Testamento?
Os livros do Novo Testamento foram escritos na Palestina (a
terra de Jesus), na Síria, na Ásia Menor, na Grécia e na Itália (lugares estes
onde haviam sido fundadas comunidades cristãs).
08) Em que línguas foram escritas a Bíblia?
A Bíblia foi escrita em HEBRAICO, ARAMAICO e GREGO.
09) Quantas traduções existem da Bíblia?
A Bíblia já foi traduzida para aproximadamente DOIS MIL
IDIOMAS. As cópias mais antigas estão na Biblioteca do Vaticano, no Museu
Britânico (Londres, Inglaterra) e no Museu de Jerusalém (Israel).
10) No que foi escrita a Bíblia?
Os livros da Bíblia foram escritos em CERÂMICA (tijolos de
argila), PAPIRO (tiras de algo semelhante ao papel feitas a partir da aste do
papiro, originário do Egito) e PERGAMINHO (couro curtido e preparado de
carneiro, chamado de pergaminho por ter sido usado pela primeira vez na cidade
de Pérgamo, 200 anos antes de Cristo).
11) Quem dividiu a Bíblia em capítulos e versículos?
A divisão dos livros da Bíblia em capítulos é da autoria do
inglês Estévão Langton, arcebispo de Cantuária, e foi realizada no ano de 1214.
Já a divisão dos capítulos em versículos foi feita, em definitivo, em 1551,
pelo tipógrafo Roberto Stefano. Uma curiosidade: a Bíblia tem 1.328 capítulos e
40.030 versículos.
12) Quais são as duas grandes partes da Bíblia?
A Bíblia está dividida em duas grandes partes; ANTIGO
TESTAMENTO e NOVO TESTAMENTO. O Antigo Testamento começa com o livro de Gênesis
e termina com o livro de Malaquias, e o Novo Testamento vai do Evangelho
escrito por São Mateus até o livro do Apocalipse de São João.
13) Como está dividido o Antigo Testamento?
O Antigo Testamento está assim subdividido: PENTATEUCO (os
cinco primeiros livros), do Gênesis ao Deuteronômio; livros HISTÓRICOS (16
livros, de Josué a Macabeus); livros POÉTICOS ou SAPIENCIAIS (7 livros, de Jó a
Eclesiático) e, livros PROFÉTICOS (18 livros, de Isaías a Malaquias).
14) Como está dividido o Novo Testamento?
O Novo Testamento apresenta a seguinte subdivisão: livros
HISTÓRICOS (os 4 Evangelhos mais o livro dos Atos dos apóstolos);CARTAS DOS
APÓSTOLOS (21 cartas, de Romanos a Judas) e, livro PROFÉTICO(apenas um, o
Apocalipse, o último livro da Bíblia).
15) O que são os livros APÓCRIFOS?
Os apócrifos são livros escritos nos tempos em que foram
escritos os demais livros da Bíblia, mas que não foram escritos sob inspiração
de Deus e, por isso, não pertencem ao livro da Bíblia.
16) Quantos livros tem a Bíblia Protestante?
A Bíblia Protestante tem 66 livros, 7 a menos que a Bíblia
Católica. Os livros de Baruc, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, 1º e 2º
Macabeus e parte dos livros de Ester e Daniel fazem parte da Bíblia Católica
mas não da Bíblia Protestante.
Razões teológicas e históricas levaram os judeus - e depois
os protestantes - a considerar esses livros como livros apócrifos.
17) É certo brigar com pessoas de outras religiões por causa
da Bíblia?
Não, não é certo. A Bíblia é instrumento de aproximação e
união, e não arma de agressão.
18) Quem é o centro da Bíblia?
O centro da Bíblia é Jesus. Tudo nela aponta para o Filho de
Deus feito homem. O Antigo Testamento (antiga aliança) prepara a sua vinda; o
Novo Testamento (nova aliança) a realiza.
19) Quem pode interpretar a Bíblia?
Só a Igreja, instituída por Cristo, pode interpretar
corretamente a Bíblia. O Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima
Trindade, é quem ajuda a Igreja nessa interpretação. O católico que participa
das celebrações de sua comunidade vai, com o tempo, entendendo o sentido e o
significado dos ensinamento da Palavra de Deus; assim ele aprende a interpretar
a Bíblia junto com a Igreja.
20) Como estudar a Bíblia em grupo?
O Grupo de Reflexão (Círculo Bíblico) é um lugar e um modo
seguro e privilegiado de estudar e
interpretar a Bíblia em comunidade. É no
Grupo de Reflexão e Vivência que os católicos "misturam"a vida com a
fé e aprendem a ser solidários uns com os outros.
21) É bom e aconselhável decorar trechos da Bíblia?
Sim, é bom memorizar ou decorar trechos da Bíblia, desde que
quem os memorize também os pratique. Quem conhece passagens da Bíblia "de
cor" mas não se esforça por vivê-las é um falso cristão.
22) Com que atitude deve-se ler a Bíblia?
A Bíblia deve ser lida com humildade de coração. É aos
pequenos e simples que Deus revela a sua sabedoria.
23) Como procurar e encontrar uma citação bíblica?
As citações bíblicas têm sempre a seguinte ordem: Título do
LIvro (abreviado), Capítulo e Versículo.
Exemplo: Jo 10,10. Esta citação lê-se assim: Evangelho de
São João, capítulo dez, versículo dez.
Deus, o Espírito Santo, desempenhou uma parte ativa com o
Pai e o Filho na Criação, Encarnação e Redenção. Inspirou os escritores das
Escrituras. Encheu de poder a vida de Cristo. Atrai e convence os seres
humanos; e os que se mostram sensíveis são renovados e trasnformados por Ele, à
imagem de Deus. Enviado pelo Pai e pelo Filho para estar sempre estar com Seus
filhos, Ele concede dons espirituais à igreja, habilita a dar testemunho de
Cristo e, em harmonia com as Escrituras, guia-a em toda a verdade.
Razões Bíblicas|Gen. 1:1, 2; Lucas 1:35; 4:18; Atos 10:38; 2
Pedro 1:21; 2 Cor. 3:18; Efé. 4:11, 12; Atos 1:8; João 14:16-18, 26; 15:26, 27;
16:7-13
A Criação
Deus é o Criador de todas as coisas, e revelou nas Escrituras o relato autêntico da Sua atividade
Deus é o Criador de todas as coisas, e revelou nas Escrituras o relato autêntico da Sua atividade
Razões Bíblicas|Gen. 1; 2; Ex. 20:8-11; Sal. 19:1-6; 33:6,
9; 104; Heb. 11:3
A Natureza do Homem
O homem e a mulher foram formados à imagem de Deus com
individualidade, o poder e a liberdade de pensar e agir. Conquanto tenham sido
criados como seres livres, cada um é uma unidade indivisível de corpo, mente e
alma, e dependente de Deus quanto à vida, respiração e tudo o mais. Quando os
nossos primeiros pais desobedeceram a Deus, eles negaram sua dependência dEle e
caíram de sua elevada posição abaixo de Deus. A imagem de Deus, neles, foi
desfigurada, e tornaram-se sujeitos à morte. Seus descendentes partilharam
dessa natureza caída e de suas conseqüências. Eles nascem com fraquezas e
tendências para o mal. Mas Deus, em Cristo, reconciliou consigo o mundo e por
meio de Seu Espírito restaura nos mortais penitentes a imagem de seu Criador.
Criados para a glória de Deus, eles são chamados para amá-Lo e uns aos outros,
e para cuidar de seu ambiente.
Razões Bíblicas|Gên. 1:26-28; 2:7; Sal. 8:4-8:
Atos 17:24-28; Gên. 3; Salm. 51:5; Rom. 5:12-17; II Cor. 5:19 e 20Naquele dia o Senhor castigará com a sua dura espada.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Posted by Francisco Souza
Naquele dia o Senhor castigará com a sua dura espada.
Vinte e Sete
Naquele dia o Senhor
castigará com a sua dura espada... o dragão. Este versículo pertence ao
parágrafo iniciado em Isa. 26.20. O caos também terá de ser derrotado. Para
ilustrar o fato, o profeta usa uma referência mitológica, o temível monstro
Leviatã (ver a respeito no Dicionário, bem como as notas adicionais de Jó
41.1). Há cinco referências a esse monstro marinho nas páginas do Antigo
Testamento. Além destas três referências (este versículo, duas vezes; e então
em Jó), temos Sal. 74.14 e 104.24. O nome cananeu desse monstro mitológico é
Lotan. De acordo com a versão cananéia, o monstro é morto com um cacete, mas
aqui é morto com a espada de Yahweh, o qual, pessoalmente, extinguirá a
desarmonia e o caos, antes que chegue o Novo Dia. Sal. 74.13,14 pode refletir a
versão cananéia, com a qual a versão babilónica é muito parecida.
No tablete I AB de
Ras Shamra, encontramos as seguintes palavras:
Quando tiveres
terido a L-t-n, a serpente que foge, (e) tiveres dado fim à serpente que se
retorce, a poderosa com sete cabeças...
Note o leitor os
paralelos verbais, que foge e que se retorce. A versão hebraica não menciona as
sete cabeças, mas Sal. 74.13 tem algo similar. Ali o monstro, nas diversas
versões, é um monstro marinho, ou, algumas vezes, personificado pelo mar. Ver
Amós 9.3.
As palavras “que
foge” significam “rápida”. Portanto, a imagem é de um monstro muito veloz, que
se
contorce como uma serpente. Os intérpretes tentam identificar esse monstro
com um império específico, tal qual a Babilônia ou o Egito, mas isso é limitar
demais a questão a coisas terrenas, pois está em foco o caos sobrenatural.
A morte desse
monstro, além de simbolizar o ato de livrar o mundo do caos cósmico, também
fala da derrota de todos os inimigos de Deus, que são os agentes do caos e da
iniqüidade neste mundo. Com a morte do monstro leviatã, será firmada a
soberania de Deus, sem nenhuma oposição neste mundo, o que é necessário para
que a era do Reino de Deus seja trazida, bem como as eras eternas que se
seguirão.
Vários Nomes do
Monstro. Leviatã (ver Jó 41.1; Sal, 74.14 e 104.24; Isa.
27.1); fíaabe (ver
Jó 9.13; 26.12,13; Isa. 30.7; 51.9; Sal. 89.10); Tanim, usualmente traduzido
por “dragão” ou monstro (ver Isa. 51.9; Eze. 29.3; 32.2; Sal. 74.13; Jó 7.12).
Além disso, o mar é personificado como monstro (ver Isa. 51.10; Hab. 3.8; Sal.
74.13; Jó 7.12; 26.12; 38.8. Cf. Apo. 21.1).
Continua aqui o
Pequeno Apocalipse de Isaías. Essa seção ocupa os capítulos 24-27. Ver a
introdução à seção na introdução ao capítulo 24.
A Vinha do Senhor
(27.2-6)
27.2
Naquele dia dirá o
Senhor: Cantai a vinha deliciosa! Já vimos sobre essa figura, em Isa. 5.1-7,
mas ali é dada a idéia oposta. A rebelde e apóstata nação de Israel é retratada
como uma vinha que azeda e nada produz, a despeito de todas as provisões
divinas. Mas aqui temos uma boa vinha, que Yahweh protege de espinhos, ou seja,
de inimigos. O texto hebraico é problemático, tendo sofrido, como é patente,
alguns antigos erros de escrita, ou então, desde o princípio, erros primitivos.
A Septuaginta tem variantes significativas, algumas das quais poderiam
representar o texto original.
A vinha é saudável e
produtiva, um deleite para o vinhateiro; portanto, que seja levantado um
cântico de louvor em sua honra. Isso deve ser contrastado com o quadro entristecedor
de Isa. 5.1-7. Os tempos provocaram uma mudança; o terror chegou; o
remanescente de Israel foi purificado (capítulo 24). Agora estamos em um novo
dia, um dia escatológico, pelo que seja entoado um cântico de louvor. “O
profeta aparece novamente (tal como em Isa. 26.1) como o compositor do hino do
dia futuro de triunfo dos remidos. Ele tinha entoado um cântico fúnebre sobre a
vinha infrutífera e entregue à desolação. Mas agora ele transforma o lamento em
um poema” (Ellicott, in Ioc.).
27.3
Eu, o Senhor, a
vigio e a cada momento a regarei. Yahweh é o plantador e o vigia da vinha; Ele
a rega continuamente, garantindo-lhe cuidado e atenção, em uma base diária. Ele
estabelece um posto de vigia, a fim de que nenhum destruidor se aproxime para
praticar alguma coisa atrevida, montando vigilância dia e noite. As chuvas são
abundantes, e há um sol adequado, mas sem excessos. Foram providas todas as
condições apropriadas ao desenvolvimento e à frutificação.
Que mais se podia
fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito?
(Isaías 5.4)
Cf. Can. 8.12 e Osé.
14.5-7. “Que privilégio é estar em uma plantação como essa, regada e defendida
pelo próprio Senhor!” (John GUI, in Ioc.).
27.4
Não há indignação em
mim. Yahweh se sentia feliz com a Sua vinha; Ele não guardava nenhuma ira
contra ela, conforme se vê em Isa. 5.1-7. “Se alguém fizer uma muralha de
espinhos na guerra, eu marcharei para ela e a queimarei” (NCV). Se qualquer
inimigo vier em movimento para danificar a vinha, isso será considerado um ato
hostil de guerra, e o Senhor dos Exércitos aniquilará o inimigo que ousou
planejar contra a vinha.
Quem me dera
espinheiros e abrolhos. Ou seja, os inimigos de Israel que procurassem fazer o
mal, o adversário ímpio: Isa. 9.18; 10.17; II Sam. 23.6.0 ataque não mais seria
contra a vinha infrutífera, mas contra qualquer fator perturbador que atacasse
do lado de fora. O inimigo é pintado como plantas daninhas que prejudicassem a
vinha, mas também fossem altamente inflamáveis, ou seja, de fácil eliminação.
27.5
Ou que homens se
apoderem da minha força, e façam paz comigo. Uma
palavra graciosa é
aqui dirigida aos inimigos potenciais de Israel. Se eles, como a vinha,
fizessem de
Yahweh seu refúgio e fortaleza, sua proteção, conforme Israel tinha
feito, então a paz poderia ser estabelecida. Yahweh convidou-os aqui a
estabelecer com Ele paz, e não guerra. Então as bênçãos se multiplicariam e,
presumivelmente, haveria nova vinha de produtividade, ou os inimigos tornar-se-
iam parte da bendita vinha de Israel, visto que de Israel fluiriam benefícios
espirituais, quando Jerusalém, uma vez mais, se tornasse o centro espiritual do
mundo. Ver Isa. 26.9. O vs. 6, em seguida, subentende a mesma coisa. Ver no
Dicionário o artigo chamado Paz, e cf. 9.6 e 26.3,12.
27.6
Dias virão em que
Jacó lançará raízes. A vinha agradável e produtiva (Israel) lançará raízes,
pelo que terá todas as condições necessárias para o crescimento e a
produtividade. Surgirão a inflorescência e o botão, e a frutificação será
grande. O mundo inteiro ficará cheio desse fruto, pelo que haverá
universalização que beneficiará todos os povos. “Quando chegar a era do Reino,
2868 ISAIAS então Jacó (sinônimo
de Israel) será produtivo de novo (cf. Isa. 35.1-3,6,7; Amos 9.13,14; Zac.
14.8), a nação por meio da qual Deus abençoará o mundo (cf. Gên. 12.3)"
(John S. Martin, in toe, que se refere a uma das provisões do pacto abraâmico;
ver sobre isso em Gên. 15.18).
Ora, se a
transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento em
riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!
(Romanos 11.12)
"A restauração
deles será como as 'riquezas dos gentios' (Rom. 11.12; Osé. 14.6)"
(Ellicott,//) toc.|
Significado dos
Sofrimentos de Israel (27.7-11)
27.7
Porventura feriu o Senhor
a Israel como àqueles que o feriram?
Provavelmente não
devemos entender aqui que a vinha agradável e produtiva, mencionada nos vss.
1-6, agora estivesse ameaçada de julgamento. Esta breve seção é um oráculo
separado que explica por que Israel tinha de sofrer. Yahweh cuida de Seu povo,
e parte desses cuidados consiste em aplicar disciplina, sob forma de castigo,
sempre que necessário. Isso posto, os julgamentos divinos são os dedos da
amorosa mão de Deus, e não medidas destruidoras sem possibilidade de redenção.
Israel, pois, seria ferida, tal como seus inimigos seriam feridos. É preciso
que haja justiça. Este versfculo, apresentado como indagação, tem por intuito
fazer distinção entre os tipos de punição que atingiam Israel e seus
adversários. A restauração segue-se à punição que atinge Israel, o que,
presumivelmente, não se segue à punição que atinge seus inimigos. Mas o Novo
Testamento reverte até mesmo esse quadro lamentável, porquanto o Novo
Testamento prevê que o amor universal (ver João 3.16) apagará tais distinções.
Ver na Enciclopédia de Bfblia, Teologia e Filosofia o artigo chamado
Restauração. Todos os julgamentos divinos são remediais, e não apenas
retributivos, e é precisamente isso que poderfamos esperar de Deus, pois Deus é
amor (ver I João 4.8).
27.8
Com xô! xó! e exflio
o trataste. Deus sempre julgará Israel de acordo com a medida correta, tendo em
vista o beneffcio desse povo, e não a sua destruição. "Medida por
medida" é como dizem as traduções do sirfaco, da Vulgata Latina e do
Targum, para explicar uma palavra hebraica de significado incerto. A
Septuaginta diz aqui "com guerra", o que concorda com o que se segue.
Dois exflios foram sofridos depois dos ataques de inimigos estrangeiros. A
nação do norte, Israel, foi atacada e levada para o exflio pela Assfria (722 A.
C). Então Judá sofreu o mesmo tipo de tratamento por parte da Babilônia (596 A.
C). Ver no Dicionário os verbetes intitulados Cativeiro Assírio e Cativeiro
Babilónico. Foi a apostasia que causou essas medidas drásticas, mas elas não
assinalaram o fim da história. Jesus reverteu o cativeiro assfrio (ver Mat.
4.15,16), e ainda haverá outros atos restauradores para possibilitar a era do
Reino. Os julgamentos atingiram Israel como o sopro violento do vento que vem
do deserto. O vento oriental, tão forte e quente no Oriente Próximo, fala, no
Antigo Testamento, de testes e julgamentos. Mas aquele vento foi um sopro que
visava o "bem" de Israel. O vento de Deus só soprou tão forte e por
tanto tempo quanto redundasse para o bem final de Israel. Aqui o vento é a
agência dos cativeiros. Os captores vieram do leste (estritamente falando, do
nordeste).
27.9
Portanto, com isto
será expiada a culpa de Jacó. O propósito do vento hostil não era operar uma
hostilidade final contra Israel, mas soprar para longe a palha e assim
restaurar o grão. Jacó tornou-se profundamente culpado em sua apostasia, e isso
provocou o sopro de Yahweh contra ele. Mas esse sopro foi curador e removeu a
culpa. O incidente todo envolveu expiação (ver sobre essa palavra no
Dicionário). Com a remoção do pecado, haveria fruto pleno na vinha. O pecado
principal era a idolatria, conforme o presente versfculo deixa claro. O
julgamento divino esmagaria todos aqueles fdolos e os transformaria em pedaços.
Apesar de ser uma situação extremamente complexa (pois havia muitos deuses
envolvidos na adoração idolatra em que Israel caiu), as Aserás são destacadas
para falar da situação toda. Ver no Dicionário o artigo chamado Deuses Falsos,
III.4. Quanto a notas adicionais a respeito, ver I Reis 14.15. Ofereço notas
expositivas abundantes naquelas referências, e não repito o material aqui.
Havia muitos altares dedicados a muitos deuses, e as colunas de Aserá, sfmbolos
de madeira da deusa cananéia da fertilidade, estavam entre os mais crassos
tipos de idolatria que enganaram o povo de Israel.
27.10
Porque a cidade
fortificada está solitária. Jerusalém, a alegada capital do culto a Yahweh,
tinha cafdo em vergonhoso paganismo, fazendo com que Judá se tornasse apenas
outra nação paga, perdida estava sua distinção como nação de Deus. Ver quanto a
essa distinção em Deu. 4.4-8, com base na possessão e na prática da legislação
mosaica. Jerusalém tinha sido fortificada para resistir a invasões dos
inimigos, mas sem a proteção de Yahweh, como Sua "possessão
distintiva", foi facilmente invadida, saqueada e levada cativa para a
Babilônia. Assim sendo, a cidade que tinha sido agradável habitação para o povo
foi transformada em deserto, que só tinha préstimo para servir de campo de
pasto aos animais domesticados. E o pouco de erva verde que restou tomou-se
alimento para os animais. Cf. esse simbolismo com Isa. 13.21,22, condição na
qual a gloriosa Babilônia foi deixada, finalmente. Ver Isa. 25.2 quanto a uma
predição de condenação semelhante para o povo de Deus. "O quadro da
desolação — os animais agora se alimentavam onde tinham sido as ruas agitadas
de uma cidade populosa" (Ellicott, in toe).
27.11
Quando os seus ramos
se secam, são quebrados. A relva verde do lugar tinha sido destrufda. Os ramos
das árvores se ressecaram e estavam mortos. As mulheres (as poucas que
sobreviveram e permaneceram na área) vinham e faziam fogueiras dos galhos e dos
ramos secos das árvores. Aquele povo adquirira uma mente crassa e teimosa, pelo
que Yahweh os julgou incansavelmente, sem compaixão, porquanto uma operação
radical era a única coisa que poderia curá-los. Foi necessário que Deus
suspendesse temporariamente Sua compaixão, porque a ira foi o ápice da
operação. No entanto, foi também uma faca misericordiosa, pois o julgamento não
era uma finalidade, mas um meio de promover um novo dia.
O Dia da Colheita e
a Última Trombeta (27.12-13)
27.12-13
Naquele dia em que o
Senhor debulhará o seu cereal. O Pequeno Apocalipse de Isafas (capftulos 24-27)
termina com esta nota. Trata-se de uma promessa escatológica de livramento.
Dois versfculos retratam a questão. "No vs. 12, a figura de um dia final
de colheita (cf. Joel 3.13; Mat. 13.39; Apo. 14.15) proclama a separação, não
entre justos e fmpios, entre judeus e seu meio ambiente pagão, e a reunião
deles como filhos de Israel. No vs. 13, a grande trombeta conclama os filhos de
Israel à adoração (cf. Joel 2.15 e Sal. 81.3). Essa convocação é à paz e à
adoração, e não à guerra (cf. I Sam. 13.3), chamando-os do exflio para fora das
fronteiras ideais das terras de Israel, que eram: o rio Eufrates (cf. Gên.
15.18) e o ribeiro do Egito, o wadi-el-'Arish, 80 km a sudoeste de Gaza"
(R. B. Y. Scott, in toe). Entretanto, o rio do Egito, o Mto, era a fronteira
ideal com Israel. Ver sobre as provisões do pacto abraâmico nas notas de Gên.
15.18. De fato, as fronteiras de Israel chegaram ao wadi-el-'Arish, mas não às
fronteiras ideais, o rio Nilo. É curioso que o profeta reduziu a visão das
fronteiras ideais (vs. 12) do Nilo (conforme fora prometido), aowadi. Ver o
Dicionário chamado Ribeiro do Egito (bem como o artigo chamado Egito, Ribeiro),
quanto a detalhes.
No monte santo em
Jerusalém. Esta cidade se tornará a capital do mundo religioso na era do Reino,
ou milênio. Ver no Dicionário o verbete chamado Milênio. Ver as notas
expositivas sobre Isa. 24.23, onde desenvolvo o tema.
O verdadeiro método da santificação.
O método bíblico de tratar com a carne, deve basear-se obviamente, na provisão objetiva para a salvação, o sangue de Cristo; e na provisão subjetiva, o Espírito Santo. A libertação do poder da carne, portanto, deve vir por meio da fé na expiação e por entregar-se à ação do Espírito.
O primeiro é tratado no sexto capítulo de Romanos, e o segundo na primeira parte do capítulo oitavo.
(a) Fé na expiação. Imaginemos que houvesse judeus presentes (o que sucedia com freqüência) enquanto Paulo expunha a doutrina da purificação pela fé. Nós os imaginamos dizendo em protesto: "Isso é uma heresia do tipo mais perigoso!" Dizer ao povo que precisam crer unicamente em Jesus, e que nada podem fazer quanto à sua salvação porque ela é pela graça de Deus, tudo isso resultará em que descuidarão de sua maneira de viver. Eles julgarão que pouco importa o que façam, uma vez que creiam.
Suadoutrina de fé fomenta o pecado. Se a justificação é pela graça e nada mais, sem obras, por que então romper com o pecado? Por que não continuar no pecado para que abunde ainda mais a graça? Os inimigos de Paulo efetivamente o acusaram de pregar tal doutrina. (Rom. 3:8; 6:1.) Com indignação Paulo repudiou tal perversão. "De modo nenhum . Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rom. 6:2). A continuação no pecado é impossível a um homem verdadeiramente justificado, em razão de sua união com Cristo na morte e na vida. (Vide Mat. 6:24.) Em virtude de sua fé em Cristo, o homem salvo passou por uma experiência que inclui um rompimento tão completo com o pecado, que se descreve como morte para o pecado, e uma transformação tão radical que se descreve como ressurreição. Essa experiência é figurada no batismo
nas águas. A imersão do convertido testifica do fato que em razão de sua união com o Cristo crucificado ele morreu para o pecado; ser levantado da água testifica que seu contacto com o Cristo ressuscitado significa que "como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" (Rom. 6:4). Cristo morreu pelo pecado a fim de que nós morrêssemos para o pecado.
"Aquele que está morto está justificado do pecado" (Rom. 6:7). A morte cancela todas as obrigações e rompe todos os laços. Por meio da união com Cristo, o cristão morreu para a vida antiga, e os grilhões do pecado foram quebrados. Como a morte dava fim à servidão do escravo, assim a morte do crente, que morreu para o mundo, o libertou da servidão ao pecado. Continuando a ilustração: A lei nenhuma jurisdição tem sobre um homem morto. Não importa qual seja o crime que haja cometido, uma vez morto, já está fora do poder da justiça humana. Da mesma maneira, a lei de Moisés, muitas vezes violada pelo convertido, não o pode "prender", pois, em virtude de sua experiência com Cristo, ele está "morto". (Rom. 7:1-4; 2 Cor. 5:14.)
"Sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus.
Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom. 6:9-11). A morte de Cristo pôs fim a esse estado terrenal no qual ele teve contacto como o pecado; sua vida agora é uma constante comunhão com Deus. Os cristãos, ainda que estejam no mundo, podem participar de sua experiência, porque estão unidos a ele. Como podem participar? "Considerai-vos como mortos para o pecado, nas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor." Que significa isso? Deus já disse que por meio da nossa fé em Cristo, estamos mortos para o
pecado e vivos para a justiça. Resta uma coisa a fazer; crer em Deus e considerar ou concluir que estamos mortos para o pecado. Deus declarou que quando Cristo morreu, nós morremos para o pecado; quando ele ressuscitou, nós ressuscitamos para viver uma nova vida. Devemos continuar considerando esses fatos como absolutamente certos; e, ao considerá-los assim, tornar-se-ão poderosos em nossa vida, pois, seremos o que reconhecemos que somos. Uma distinção importante tem sido assinalada, a saber, a distinção entre as promessas e os fatos da Bíblia. Jesus disse: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (João 15:7). Essa é uma promessa, porque está no futuro; é algo para ser feito. Mas quando Paulo disse que "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras", ele está declarando um fato, algo que foi feito. Vide a expressão de Pedro: "Pelas suas feridas fostes sarados" (1 Ped. 2:24). E quando Paulo declara "que o nosso homem velho foi com ele crucificado", ele está declarando um fato, algo que aconteceu. A questão agora é: estamos dispostos ou não a crer
no que Deus declara que são fatos acerca de nós? Porque a fé é a mão que aceita o que Deus gratuitamente oferece. Será que o ato de descobrir a relação com Cristo não constitui a experiência que alguns têm descrito como "a segunda obra da graça"?
(b) Cooperação com o Espírito. Os capítulos 7 e 8 de Romanos continuam o assunto da santificação;
tratam da libertação do crente do poder do pecado, e do crescimento em santidade. No cap. 6 vimos que a vitória sobre o poder do pecado foi obtida pela/é. O capítulo 8 apresenta outro aliado na batalha contra o pecado — o Espírito Santo.
Como fundo para o capítulo 8 estuda-se a linha de pensamento no cap. 7, o qual descreve um homem voltando-se
para a lei a fim de alcançar santificação. Paulo demonstra aqui a impotência da lei para salvar e santificar, não porque a lei não seja boa, mas por causa da inclinação pecaminosa da natureza humana, conhecida como a "carne". Ele indica que a lei revela o fato (v. 7), a ocasião (v.8), o poder
(v.9), a falsidade (v. 11), o efeito (vs. 10,11), e a vileza do pecado (vs. 12,13).
Paulo, que parece estar descrevendo sua própria experiência passada, diz-nos que a própria lei, que ele tão ardentemente desejava observar, suscitava impulsos pecaminosos dentro dele. O resultado foi "guerra civil" na sua alma. Ele é impedido de fazer o bem que deseja fazer, e impelido a fazer o que odeia. "Acho então esta lei em mim; que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros" (vs. 21-23).
A última parte do capítulo 7, evidentemente, apresenta o quadro do homem debaixo da lei, que
descobriu a perscrutadora espiritualidade da lei, mas em cada intento de observá-la se vê impedido pelo pecado que habita nele. Por que descreve Paulo esse conflito? Para demonstrar que a lei é tão impotente para santificar como o é para justificar.
"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (v. 24 Vide 6:6). E Paulo, que descrevia a experiência debaixo da lei, assim testifica alegremente de sua experiência debaixo da graça: "Dou graças a Deus (que a vitória vem) por Jesus Cristo nosso Senhor" (v. 25). Com essa exclamação de triunfo entramos no maravilhoso capítulo oitavo, que tem por tema dominante a libertação da natureza pecaminosa pelo poder do Espírito Santo.
Há três mortes das quais o crente deve participar: 1) A morte no pecado, isto é, nossa condenação. (Efés. 2:1; Col. 2:13.) O pecado havia conduzido a alma a essa condição, cujo castigo é a morte espiritual ou separação de Deus. 2) A morte pelo pecado, isto é, nossa justificação. Cristo sofreu sobre a cruz a sentença duma lei infligida, e nós, por conseguinte, somos considerados como a havendo sofrido nele. O que ele fez por nós é considerado como se fosse feito por nós mesmos. (2 Cor. 5:14; Gál. 2:20.) Somos considerados legal ou judicialmente livres da pena duma lei
violada, uma vez que pela fé pessoal consentimos na transação. 3) A morte para o pecado, isto é, nossa santificação. (Rom. 6:11.) O que é certo para nós deve ser feito real em nós; o que é judicial deve se tornar prático; a morte para a pena do pecado deve ser seguida pela morte para o poder do pecado. E essa é a obra do Espírito Santo. (Rom. 8:13.) Assim como a seiva que ascende na árvore elimina as folhas mortas que ficaram presas aos ramos, apesar da neve e das tempestades, assim o Espírito Santo, que habita em nós, elimina as imperfeições e os hábitos da vida antiga.
"Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" (v. 24 Vide 6:6). E Paulo, que descrevia a experiência debaixo da lei, assim testifica alegremente de sua experiência debaixo da graça: "Dou graças a Deus (que a vitória vem) por Jesus Cristo nosso Senhor" (v. 25). Com essa exclamação de triunfo entramos no maravilhoso capítulo oitavo, que tem por tema dominante a libertação da natureza pecaminosa pelo poder do Espírito Santo.
Há três mortes das quais o crente deve participar: 1) A morte no pecado, isto é, nossa condenação. (Efés. 2:1; Col. 2:13.) O pecado havia conduzido a alma a essa condição, cujo castigo é a morte espiritual ou separação de Deus. 2) A morte pelo pecado, isto é, nossa justificação. Cristo sofreu sobre a cruz a sentença duma lei infligida, e nós, por conseguinte, somos considerados como a havendo sofrido nele. O que ele fez por nós é considerado como se fosse feito por nós mesmos. (2 Cor. 5:14; Gál. 2:20.) Somos considerados legal ou judicialmente livres da pena duma lei
violada, uma vez que pela fé pessoal consentimos na transação. 3) A morte para o pecado, isto é, nossa santificação. (Rom. 6:11.) O que é certo para nós deve ser feito real em nós; o que é judicial deve se tornar prático; a morte para a pena do pecado deve ser seguida pela morte para o poder do pecado. E essa é a obra do Espírito Santo. (Rom. 8:13.) Assim como a seiva que ascende na árvore elimina as folhas mortas que ficaram presas aos ramos, apesar da neve e das tempestades, assim o Espírito Santo, que habita em nós, elimina as imperfeições e os hábitos da vida antiga.
Meios divinos de santificação.
São meios divinamente estabelecidos de santificação: o sangue de Cristo, o Espírito Santo e a Palavra de Deus. O primeiro proporciona, primeiramente', a santificação absoluta, quanto à posição perante Deus. É uma obra consumada que concede ao pecador penitente uma posição perfeita em relação a Deus. O segundo meio é interno, efetuando a transformação da natureza do crente. O terceiro meio é externo e prático, e diz respeito ao comportamento do crente. Dessa forma, Deus fez provisão tanto para a santificação interna como externa.
(a) O sangue de Cristo, (Eterno, absoluto e posicionai.) (Heb. 13:12; 10:10,14; 1João 1:7.) Em que sentido seria a pessoa santificada pelo sangue de Cristo? Em resultado da obra consumada de Cristo, o pecador penitente é transformado de pecador impuro em adorador santo. A santificação é o resultado dessa "maravilhosa obra redentora do Filho de Deus, ao oferecer-se no Calvário para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício. Em virtude desse sacrifício, o crente é eternamente separado para Deus; sua consciência é purificada, e ele próprio é transformado de pecador impuro, em santo adorador, unido em comunhão com o Senhor Jesus Cristo; pois, "assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos" (Heb. 2:11).
Que haja um aspecto contínuo na santificação pelo sangue, infere-se de 1 João 1:7: "O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado." Se houver comunhão entre o santo Deus e o homem, necessariamente terá que haver uma provisão para remover a barreira de pecado, que impede essa comunhão, uma vez que os melhores homens ainda assim são imperfeitos. Ao receber Isaías a visão da santidade de Deus, ele ficou abatido ao perceber a sua falta de santidade; e não estava em condições de ouvir a mensagem divina enquanto a brasa do altar não purificasse seus lábios. A consciência do pecado ofusca a
comunhão com Deus; confissão e fé no eterno sacrifício de Cristo removem essa barreira. (1 João 1:9.)
(b) O Espírito Santo. (Santificação Interna.) (1 Cor. 6:11; 2 Tess. 2:12; 1 Ped. 1:1,2; Rom. 15:16.)
Nessas passagens a santificação pelo Espírito Santo é apresentada como o início da obra de Deus nos corações dos homens, conduzindo-os ao inteiro conhecimento da justificação pela fé no sangue aspergido de Cristo. Tal qual o Espírito pairava por cima do caos original (Gên. 1:2), seguindo-se o estabelecimento da ordem pelo Verbo de Deus, assim o Espírito paira sobre a alma humana, fazendo-a abrir-se para receber a luz e a vida de Deus. (2 Cor. 4:6.)
O capítulo 10 de Atos proporciona uma ilustração concreta da santificação pelo Espírito Santo. Durante os primeiros anos da igreja, a evangelização dos gentios retardou-se visto que muitos cristãos-judeus consideravam os gentios como "imundos", e não-santificados por causa de sua não conformidade com as leis alimentares e outros regulamentos mosaicos. Exigia-se uma visão para convencer a Pedro que aquilo que o Senhor purificara ele não devia tratar de comum ou impuro. Isso importava em dizer que Deus fizera provisão para a santificação dos gentios para serem o seu povo. E quando o Espírito de Deus desceu sobre os gentios, reunidos na casa de Cornélio, já não havia mais dúvida a respeito.
Eram santificados pelo Espírito Santo, não importando se obedeciam ou não às ordenanças mosaicas (Rom. 15:16), e Pedro reptou os judeus que estavam com ele a negarem o símbolo exterior (batismo nas águas) de sua purificação espiritual. (Atos 10:47; 15:8.)
(c) A Palavra de Deus. (Santificação externa e prática.) (João 17:17, Efés 5:26; João 15:3; Sal. 119:9; Tia. 1:23-25.) Os cristãos são descritos como sendo "gerados pela Palavra de Deus"(l Ped. 1:23). A Palavra de Deus desperta os homens a compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão importância à Palavra arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela Palavra que lhes fora falada. Esse é o início da purificação que deve continuar através da vida do crente. No ato de sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita recebia um banho sacerdotal completo, banho que nunca se repetia; era uma obra
feita uma vez para sempre. Todos os dias porém, era obrigado a lavar as mãos e os pés. Da mesma maneira, o regenerado foi lavado (Tito 3:5); mas precisa uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme lhe forem reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para a alma. (Tia. 1:22-25.) Deve lavar as mãos, isto é, seus atos devem ser retos; deve lavar os pés, isto é, "guardar-se da imundície que tão facilmente se apega aos pés do peregrino, que anda pelas estradas deste mundo".
4. Idéias errôneas sobre a santificação.
Muitos cristãos descobrem o fato de que seu maior impedimento em chegar à santidade é a "carne", a
qual frustra sua marcha para a perfeição. Como se conseguirá libertação da carne? Três opiniões erradas têm sido expostas:
(a) "Erradicação" do pecado inato é uma dessas idéias. Assim escreve Lewis Sperry Chafer: "se a erradicação da natureza pecaminosa se consumasse, não haveria a morte física, pois esta é o resultado dessa natureza. (Rom. 5:12-21.) Pais que houvessem experimentado essa "extirpação", necessariamente gerariam filhos sem a natureza pecaminosa. Mas, mesmo que fosse realidade essa "extirpação", ainda haveria o conflito com o mundo, a carne (à parte da natureza pecaminosa) e o diabo; pois a "extirpação" desses males é obviamente antibíblica e não está incluída na própria teoria.
A erradicação é também contrária à experiência.
(b) Legalismo, ou a observância de regras e regulamentos. Paulo ensina que a lei não pode santificar (Rom. cap. 6), assim como também não pode justificar (Rom. 3). Essa verdade é exposta e desenvolvida na carta aos Gálatas. Paulo não está de nenhuma maneira depreciando a lei. Ele a está defendendo contra conceitos errôneos quanto a seu propósito. Se um homem for salvo do pecado, terá que ser por um poder à parte de si mesmo. Vamos empregar a ilustração dum termômetro. O tubo e o mercúrio representam o indivíduo. O registro dos graus representará a lei. Imaginem o termômetro dizendo: "Hoje não estou funcionando
exatamente; devo chegar no máximo a 30 graus." Será que o termômetro poderia elevar-se à temperatura exigida? Não, deveria depender duma condição/ora dele mesmo. Da mesma maneira o homem que percebe não estar à altura do ideal divino não pode elevar-se em um esforço por alcançá-lo. Sobre ele deve operar uma força à parte dele mesmo; essa força é o poder do Espírito Santo.
(c) Ascetismo. É a tentativa de subjugar a carne e alcançar a santidade por meio de privações e sofrimentos — o método que seguem os católicos romanos e os hindus ascéticos.
Esse método parece estar baseado na antiga crença pagã de que toda matéria, incluindo o corpo, é má. O corpo, por conseguinte, é uma trava ao espírito, e quanto mais for castigado e subjugado, mais depressa se libertará o espírito. Isso é contrário às Escrituras, que ensinam que Deus criou tudo muito bom. É a alma e não o corpo que peca; portanto, são os impulsos pecaminosos que devem ser subjugados, e não a carne material. Ascetismo é uma tentativa de matar o "eu", mas o "eu" não pode vencer o "eu". Essa é a obra do Espírito.
(b) O Espírito Santo. (Santificação Interna.) (1 Cor. 6:11; 2 Tess. 2:12; 1 Ped. 1:1,2; Rom. 15:16.)
Nessas passagens a santificação pelo Espírito Santo é apresentada como o início da obra de Deus nos corações dos homens, conduzindo-os ao inteiro conhecimento da justificação pela fé no sangue aspergido de Cristo. Tal qual o Espírito pairava por cima do caos original (Gên. 1:2), seguindo-se o estabelecimento da ordem pelo Verbo de Deus, assim o Espírito paira sobre a alma humana, fazendo-a abrir-se para receber a luz e a vida de Deus. (2 Cor. 4:6.)
O capítulo 10 de Atos proporciona uma ilustração concreta da santificação pelo Espírito Santo. Durante os primeiros anos da igreja, a evangelização dos gentios retardou-se visto que muitos cristãos-judeus consideravam os gentios como "imundos", e não-santificados por causa de sua não conformidade com as leis alimentares e outros regulamentos mosaicos. Exigia-se uma visão para convencer a Pedro que aquilo que o Senhor purificara ele não devia tratar de comum ou impuro. Isso importava em dizer que Deus fizera provisão para a santificação dos gentios para serem o seu povo. E quando o Espírito de Deus desceu sobre os gentios, reunidos na casa de Cornélio, já não havia mais dúvida a respeito.
Eram santificados pelo Espírito Santo, não importando se obedeciam ou não às ordenanças mosaicas (Rom. 15:16), e Pedro reptou os judeus que estavam com ele a negarem o símbolo exterior (batismo nas águas) de sua purificação espiritual. (Atos 10:47; 15:8.)
(c) A Palavra de Deus. (Santificação externa e prática.) (João 17:17, Efés 5:26; João 15:3; Sal. 119:9; Tia. 1:23-25.) Os cristãos são descritos como sendo "gerados pela Palavra de Deus"(l Ped. 1:23). A Palavra de Deus desperta os homens a compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão importância à Palavra arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela Palavra que lhes fora falada. Esse é o início da purificação que deve continuar através da vida do crente. No ato de sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita recebia um banho sacerdotal completo, banho que nunca se repetia; era uma obra
feita uma vez para sempre. Todos os dias porém, era obrigado a lavar as mãos e os pés. Da mesma maneira, o regenerado foi lavado (Tito 3:5); mas precisa uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme lhe forem reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para a alma. (Tia. 1:22-25.) Deve lavar as mãos, isto é, seus atos devem ser retos; deve lavar os pés, isto é, "guardar-se da imundície que tão facilmente se apega aos pés do peregrino, que anda pelas estradas deste mundo".
4. Idéias errôneas sobre a santificação.
Muitos cristãos descobrem o fato de que seu maior impedimento em chegar à santidade é a "carne", a
qual frustra sua marcha para a perfeição. Como se conseguirá libertação da carne? Três opiniões erradas têm sido expostas:
(a) "Erradicação" do pecado inato é uma dessas idéias. Assim escreve Lewis Sperry Chafer: "se a erradicação da natureza pecaminosa se consumasse, não haveria a morte física, pois esta é o resultado dessa natureza. (Rom. 5:12-21.) Pais que houvessem experimentado essa "extirpação", necessariamente gerariam filhos sem a natureza pecaminosa. Mas, mesmo que fosse realidade essa "extirpação", ainda haveria o conflito com o mundo, a carne (à parte da natureza pecaminosa) e o diabo; pois a "extirpação" desses males é obviamente antibíblica e não está incluída na própria teoria.
A erradicação é também contrária à experiência.
(b) Legalismo, ou a observância de regras e regulamentos. Paulo ensina que a lei não pode santificar (Rom. cap. 6), assim como também não pode justificar (Rom. 3). Essa verdade é exposta e desenvolvida na carta aos Gálatas. Paulo não está de nenhuma maneira depreciando a lei. Ele a está defendendo contra conceitos errôneos quanto a seu propósito. Se um homem for salvo do pecado, terá que ser por um poder à parte de si mesmo. Vamos empregar a ilustração dum termômetro. O tubo e o mercúrio representam o indivíduo. O registro dos graus representará a lei. Imaginem o termômetro dizendo: "Hoje não estou funcionando
exatamente; devo chegar no máximo a 30 graus." Será que o termômetro poderia elevar-se à temperatura exigida? Não, deveria depender duma condição/ora dele mesmo. Da mesma maneira o homem que percebe não estar à altura do ideal divino não pode elevar-se em um esforço por alcançá-lo. Sobre ele deve operar uma força à parte dele mesmo; essa força é o poder do Espírito Santo.
(c) Ascetismo. É a tentativa de subjugar a carne e alcançar a santidade por meio de privações e sofrimentos — o método que seguem os católicos romanos e os hindus ascéticos.
Esse método parece estar baseado na antiga crença pagã de que toda matéria, incluindo o corpo, é má. O corpo, por conseguinte, é uma trava ao espírito, e quanto mais for castigado e subjugado, mais depressa se libertará o espírito. Isso é contrário às Escrituras, que ensinam que Deus criou tudo muito bom. É a alma e não o corpo que peca; portanto, são os impulsos pecaminosos que devem ser subjugados, e não a carne material. Ascetismo é uma tentativa de matar o "eu", mas o "eu" não pode vencer o "eu". Essa é a obra do Espírito.
A SANTIFICAÇÃO
1. Natureza da santificação
Em estudo anterior afirmamos que a chave do significado da doutrina da expiação, encontrada no Novo Testamento, acha-se no rito sacrificial do Antigo Testamento. Da mesma forma chegaremos ao sentido da doutrina do Novo Testamento sobre a santificação, pelo estudo do uso no Antigo Testamento da palavra "santo".
Primeiramente, observa-se que "santificação", "santidade", e "consagração" são sinônimos, como o são: "santificados" e "santos". Santificar é a mesma coisa que fazer santo ou consagrar. A palavra "santo" tem os seguintes sentidos:
(a) Separação. "Santo" é uma palavra descritiva da natureza divina. Seu significado primordial é "separação "; portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus que o toma separado de tudo quanto seja terreno e humano — isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade.
Quando o Santo deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço, ele separa essa pessoa ou aquele objeto do seu uso comum, e, em virtude dessa separação, a pessoa ou o objeto toma-se "santo".
(b) Dedicação. Santificação inclui tanto a separação de, como dedicação a alguma coisa; essa é "a
condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo e feitos participantes da natureza divina, e consagrados à comunhão e ao serviço de Deus por meio do Mediador".
A palavra "santo" é mais usada em conexão com o culto. Quando referente aos homens ou objetos, ela expressa o pensamento de que esses são usados no serviço divino e dedicados a Deus, no sentido especial de serem sua propriedade. Israel é uma nação santa, por ser dedicada ao serviço de Jeová; os levitas são santos por serem especialmente dedicados aos serviços do tabernáculo; o sábado e os dias de festa são santos porque representam a dedicação ou consagração do tempo a Deus.
(c) Purificação. Embora o sentimento primordial de "santo" seja separação para serviço, inclui também a idéia de purificação.
O caráter de Jeová age sobre tudo que lhe é consagrado. Portanto, os homens consagrados a ele participam de sua natureza. As coisas que lhe são dedicadas devem ser limpas. Limpeza é uma condição de santidade, mas não a própria santidade, que é, primeiramente, separação e dedicação.
Quando Jeová escolhe e separa uma pessoa ou um objeto para o seu serviço, ele opera ou faz com
que aquele objeto ou essa pessoa se torne santo. Objetos inanimados foram consagrados pela unção do azeite (Êxo. 40:9-11). A nação israelita foi santificada pelo sangue do sacrifício da aliança. (Êxo. 24:8. Vide Heb. 10:29). Os sacerdotes foram consagrados pelo representante de Jeová, Moisés, que os lavou com água, ungiu-os com azeite e aspergiu-os com o sangue de consagração. (Vide Lev., cap. 8.)
Como os sacrifícios do Velho Testamento eram tipos do sacrifício único de Cristo, assim as várias abluções e unções do sistema mosaico são tipos da verdadeira santificação que alcançamos pela obra de Cristo. Assim como Israel foi santificado pelo sangue da aliança, assim "também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta" (Heb. 13:12).
Jeová santificou os filhos de Arão para o sacerdócio pela mediação de Moisés e o emprego de água, azeite e sangue. Deus o Pai (1 Tess. 5:23) santifica os crentes para um sacerdócio espiritual (1 Ped. 2:5) pela mediação do Filho (I Cor. 1:2,30; Efés 5:26; Heb 2:11), por meio da Palavra (João 17:17; 15:3), do sangue (Heb. 10:29; 13:12) e do Espírito (Rom. 15:16; 1 Cor. 6:11; 1 Ped. 1:2).
(d) Consagração, no sentido de viver uma vida santa e justa. Qual a diferença entre justiça e santidade? A justiça representa a vida regenerada em conformidade com a lei divina; os filhos de Deus andam retamente ( 1 João 3:6-10). Santidade é a vida regenerada em conformidade com a natureza divina e dedicada ao serviço divino; isto pede a remoção de qualquer impureza que estorve
esse serviço. "Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Ped. 1:15). Assim a santificação inclui a remoção de qualquer mancha ou sujeira que seja contrária à santidade da natureza divina.
Em seguida à consagração de Israel surge, naturalmente, a pergunta: "Como deve viver um povo santo?" A fim de responder a essa pergunta, Deus deu-lhes o código de leis de santidade que se acham no livro de Levítico. Portanto, em conseqüência da sua consagração, seguiu-se a obrigação de viver uma vida santa. O mesmo se dá com o cristão. Aqueles que são declarados santos (Heb. 10:10) são exortados a seguir a santidade (Heb. 12:14); aqueles que foram purificados (1 Cor. 6:11) são exortados a purificar-se a si mesmos (2 Cor. 7:1).
(e) Serviço. A aliança é um estado de relação entre Deus e os homens no qual ele é o Deus deles e eles o seu povo, o que significa um povo adorador. A palavra "santo" expressa essa relação contratual. Servir a Deus, nessa relação, significa ser sacerdote; por conseguinte, Israel é descrito como nação santa e reino de sacerdotes (Êxo. 19:6). Qualquer impureza que venha a desfigurar essa
relação precisa ser lavada com água ou com o sangue da purificação.
Da mesma maneira os crentes do Novo Testamento são "santos", isto é, um povo santo consagrado. Pelo sangue da aliança tornaram-se "sacerdócio real, a nação santa... sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Ped. 2:9,5); oferecem o sacrifício de louvor (Heb. 13:15) e dedicam-se como sacrifícios vivos sobre o altar de Deus (Rom. 12:1).
Assim vemos que o serviço é elemento essencial da santificação ou santidade, pois é esse o único sentido em que os homens podem pertencer a Deus, isto é, como seus adoradores que lhe prestam serviço. Paulo expressou perfeitamente esse
aspecto da santidade quando disse acerca de Deus: "De quem eu sou, e a quem sirvo" (Atos 27:23). Santificação envolve ser possuído por Deus e servir a ele.
2. O tempo da santificação.
A santificação reúne: 1) idéia de posição perante Deus e instantaneidade; 2) prática e progressiva.
(a) Posicional e instantânea. A seguinte declaração representa o ensino dos que aderem à teoria de santificação da "segunda obra definida", feita por alguém que ensinou essa doutrina durante muitos anos:
Supõe-se que a justificação é obra da graça pela qual os pecadores, ao se entregarem a Cristo, são feitos justos e libertados dos hábitos pecaminosos. Mas no homem meramente justificado permanece um princípio de corrupção, uma árvore má, "uma raiz de amargura", que continuamente o provoca a pecar. Se o crente obedece a esse impulso e deliberadamente peca, ele perde sua justificação; segue-se portanto, a vantagem de ser removido esse impulso mau, para que diminua a possibilidade de se desviar. A extirpação dessa raiz pecaminosa é santificação. Portanto, é a purificação da natureza de
todo pecado congênito pelo sangue de Cristo (aplicado pela fé ao realizar-se a plena consagração), e o fogo purificador do Espírito Santo, o qual queima toda a escória, quando tudo é depositado sobre o altar do sacrifício. Isso, e somente isso, é verdadeira santificação — a segunda obra definida da graça, subseqüente à justificação, e sem a qual essa justificação provavelmente se perderá.
A definição supra citada ensina que a pessoa pode ser salva ou justificada sem ser santificada. Essa teoria, porém, é contrária ao ensino do Novo Testamento.
O apóstolo Paulo escreve a todos os crentes como a "santos" (literalmente, "os santificados") e como já santificados (1 Cor. 1:2; 6:11). Mas essa carta foi escrita para corrigir esses cristãos por causa de sua carnalidade e pecados grosseiros. (1 Cor. 3:1; 5:1,2,7,8.) Eram "santos" e "santificados em Cristo", mas alguns desses estavam muito longe de ser exemplos de cristãos na conduta. Foram chamados a ser santos, mas não se portavam dignos dessa vocação santa.
Segundo o Novo Testamento existe, pois, um sentido em que a santificação é simultânea com a justificação.
(b) Prática e progressiva. Mas será que essa santificação consiste somente em ser conferida a posição de santos? Não, essa separação inicial é apenas o começo duma vida progressiva de santificação. Todos os cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo; e dessa separação surge a nossa responsabilidade de viver para ele. Essa separação deve continuar diariamente: o crente deve esforçar-se sempre para estar conforme à imagem de Cristo. "A santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual o homem todo é renovado segundo a imagem de Deus, capacitando-nos a morrer para o pecado e viver para a justiça." Isso não quer dizer que vamos progredir até alcançar a santificação e, sim, que progredimos na santificação da qual já participamos.
A santificação é posicionai e prática — posicional em que é primeiramente uma mudança de posição pela qual o imundo pecador se transforma em santo adorador; prática porque exige uma maneira santa de viver. A santificação adquirida em virtude de nova posição, indica-se pelo fato de que todos os coríntios foram chamados "santificados em Cristo Jesus, chamados santos" (1 Cor. 1:2). A santificação progressiva está implícita no fato de alguns serem descritos como "carnais" (1 Cor. 3:3), o que significa que sua presente condição não estava à altura de sua posição concedida por Deus. Em razão disso, foram exortados a purificar-se e assim melhorar sua consagração até alcançarem a perfeição. Esses dois aspectos da santificação estão implícitos no fato de que aqueles que foram tratados como santificados e santos (1 Ped. 1:2; 2:5), são exortados a serem santos (1 Ped. 1:15).
Aqueles que estavam mortos para o pecado (Col 3:3) são exortados a mortificar (fazer morto) seus membros pecaminosos (Col 3:5). Aqueles que se
despiram do homem velho (Col. 3:9) são exortados a vestirem-se ou revestirem-se do homem novo. (Efés 4:22; Col. 3:8.)
1. Natureza da santificação
Em estudo anterior afirmamos que a chave do significado da doutrina da expiação, encontrada no Novo Testamento, acha-se no rito sacrificial do Antigo Testamento. Da mesma forma chegaremos ao sentido da doutrina do Novo Testamento sobre a santificação, pelo estudo do uso no Antigo Testamento da palavra "santo".
Primeiramente, observa-se que "santificação", "santidade", e "consagração" são sinônimos, como o são: "santificados" e "santos". Santificar é a mesma coisa que fazer santo ou consagrar. A palavra "santo" tem os seguintes sentidos:
(a) Separação. "Santo" é uma palavra descritiva da natureza divina. Seu significado primordial é "separação "; portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus que o toma separado de tudo quanto seja terreno e humano — isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade.
Quando o Santo deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço, ele separa essa pessoa ou aquele objeto do seu uso comum, e, em virtude dessa separação, a pessoa ou o objeto toma-se "santo".
(b) Dedicação. Santificação inclui tanto a separação de, como dedicação a alguma coisa; essa é "a
condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo e feitos participantes da natureza divina, e consagrados à comunhão e ao serviço de Deus por meio do Mediador".
A palavra "santo" é mais usada em conexão com o culto. Quando referente aos homens ou objetos, ela expressa o pensamento de que esses são usados no serviço divino e dedicados a Deus, no sentido especial de serem sua propriedade. Israel é uma nação santa, por ser dedicada ao serviço de Jeová; os levitas são santos por serem especialmente dedicados aos serviços do tabernáculo; o sábado e os dias de festa são santos porque representam a dedicação ou consagração do tempo a Deus.
(c) Purificação. Embora o sentimento primordial de "santo" seja separação para serviço, inclui também a idéia de purificação.
O caráter de Jeová age sobre tudo que lhe é consagrado. Portanto, os homens consagrados a ele participam de sua natureza. As coisas que lhe são dedicadas devem ser limpas. Limpeza é uma condição de santidade, mas não a própria santidade, que é, primeiramente, separação e dedicação.
Quando Jeová escolhe e separa uma pessoa ou um objeto para o seu serviço, ele opera ou faz com
que aquele objeto ou essa pessoa se torne santo. Objetos inanimados foram consagrados pela unção do azeite (Êxo. 40:9-11). A nação israelita foi santificada pelo sangue do sacrifício da aliança. (Êxo. 24:8. Vide Heb. 10:29). Os sacerdotes foram consagrados pelo representante de Jeová, Moisés, que os lavou com água, ungiu-os com azeite e aspergiu-os com o sangue de consagração. (Vide Lev., cap. 8.)
Como os sacrifícios do Velho Testamento eram tipos do sacrifício único de Cristo, assim as várias abluções e unções do sistema mosaico são tipos da verdadeira santificação que alcançamos pela obra de Cristo. Assim como Israel foi santificado pelo sangue da aliança, assim "também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta" (Heb. 13:12).
Jeová santificou os filhos de Arão para o sacerdócio pela mediação de Moisés e o emprego de água, azeite e sangue. Deus o Pai (1 Tess. 5:23) santifica os crentes para um sacerdócio espiritual (1 Ped. 2:5) pela mediação do Filho (I Cor. 1:2,30; Efés 5:26; Heb 2:11), por meio da Palavra (João 17:17; 15:3), do sangue (Heb. 10:29; 13:12) e do Espírito (Rom. 15:16; 1 Cor. 6:11; 1 Ped. 1:2).
(d) Consagração, no sentido de viver uma vida santa e justa. Qual a diferença entre justiça e santidade? A justiça representa a vida regenerada em conformidade com a lei divina; os filhos de Deus andam retamente ( 1 João 3:6-10). Santidade é a vida regenerada em conformidade com a natureza divina e dedicada ao serviço divino; isto pede a remoção de qualquer impureza que estorve
esse serviço. "Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Ped. 1:15). Assim a santificação inclui a remoção de qualquer mancha ou sujeira que seja contrária à santidade da natureza divina.
Em seguida à consagração de Israel surge, naturalmente, a pergunta: "Como deve viver um povo santo?" A fim de responder a essa pergunta, Deus deu-lhes o código de leis de santidade que se acham no livro de Levítico. Portanto, em conseqüência da sua consagração, seguiu-se a obrigação de viver uma vida santa. O mesmo se dá com o cristão. Aqueles que são declarados santos (Heb. 10:10) são exortados a seguir a santidade (Heb. 12:14); aqueles que foram purificados (1 Cor. 6:11) são exortados a purificar-se a si mesmos (2 Cor. 7:1).
(e) Serviço. A aliança é um estado de relação entre Deus e os homens no qual ele é o Deus deles e eles o seu povo, o que significa um povo adorador. A palavra "santo" expressa essa relação contratual. Servir a Deus, nessa relação, significa ser sacerdote; por conseguinte, Israel é descrito como nação santa e reino de sacerdotes (Êxo. 19:6). Qualquer impureza que venha a desfigurar essa
relação precisa ser lavada com água ou com o sangue da purificação.
Da mesma maneira os crentes do Novo Testamento são "santos", isto é, um povo santo consagrado. Pelo sangue da aliança tornaram-se "sacerdócio real, a nação santa... sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Ped. 2:9,5); oferecem o sacrifício de louvor (Heb. 13:15) e dedicam-se como sacrifícios vivos sobre o altar de Deus (Rom. 12:1).
Assim vemos que o serviço é elemento essencial da santificação ou santidade, pois é esse o único sentido em que os homens podem pertencer a Deus, isto é, como seus adoradores que lhe prestam serviço. Paulo expressou perfeitamente esse
aspecto da santidade quando disse acerca de Deus: "De quem eu sou, e a quem sirvo" (Atos 27:23). Santificação envolve ser possuído por Deus e servir a ele.
2. O tempo da santificação.
A santificação reúne: 1) idéia de posição perante Deus e instantaneidade; 2) prática e progressiva.
(a) Posicional e instantânea. A seguinte declaração representa o ensino dos que aderem à teoria de santificação da "segunda obra definida", feita por alguém que ensinou essa doutrina durante muitos anos:
Supõe-se que a justificação é obra da graça pela qual os pecadores, ao se entregarem a Cristo, são feitos justos e libertados dos hábitos pecaminosos. Mas no homem meramente justificado permanece um princípio de corrupção, uma árvore má, "uma raiz de amargura", que continuamente o provoca a pecar. Se o crente obedece a esse impulso e deliberadamente peca, ele perde sua justificação; segue-se portanto, a vantagem de ser removido esse impulso mau, para que diminua a possibilidade de se desviar. A extirpação dessa raiz pecaminosa é santificação. Portanto, é a purificação da natureza de
todo pecado congênito pelo sangue de Cristo (aplicado pela fé ao realizar-se a plena consagração), e o fogo purificador do Espírito Santo, o qual queima toda a escória, quando tudo é depositado sobre o altar do sacrifício. Isso, e somente isso, é verdadeira santificação — a segunda obra definida da graça, subseqüente à justificação, e sem a qual essa justificação provavelmente se perderá.
A definição supra citada ensina que a pessoa pode ser salva ou justificada sem ser santificada. Essa teoria, porém, é contrária ao ensino do Novo Testamento.
O apóstolo Paulo escreve a todos os crentes como a "santos" (literalmente, "os santificados") e como já santificados (1 Cor. 1:2; 6:11). Mas essa carta foi escrita para corrigir esses cristãos por causa de sua carnalidade e pecados grosseiros. (1 Cor. 3:1; 5:1,2,7,8.) Eram "santos" e "santificados em Cristo", mas alguns desses estavam muito longe de ser exemplos de cristãos na conduta. Foram chamados a ser santos, mas não se portavam dignos dessa vocação santa.
Segundo o Novo Testamento existe, pois, um sentido em que a santificação é simultânea com a justificação.
(b) Prática e progressiva. Mas será que essa santificação consiste somente em ser conferida a posição de santos? Não, essa separação inicial é apenas o começo duma vida progressiva de santificação. Todos os cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo; e dessa separação surge a nossa responsabilidade de viver para ele. Essa separação deve continuar diariamente: o crente deve esforçar-se sempre para estar conforme à imagem de Cristo. "A santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual o homem todo é renovado segundo a imagem de Deus, capacitando-nos a morrer para o pecado e viver para a justiça." Isso não quer dizer que vamos progredir até alcançar a santificação e, sim, que progredimos na santificação da qual já participamos.
A santificação é posicionai e prática — posicional em que é primeiramente uma mudança de posição pela qual o imundo pecador se transforma em santo adorador; prática porque exige uma maneira santa de viver. A santificação adquirida em virtude de nova posição, indica-se pelo fato de que todos os coríntios foram chamados "santificados em Cristo Jesus, chamados santos" (1 Cor. 1:2). A santificação progressiva está implícita no fato de alguns serem descritos como "carnais" (1 Cor. 3:3), o que significa que sua presente condição não estava à altura de sua posição concedida por Deus. Em razão disso, foram exortados a purificar-se e assim melhorar sua consagração até alcançarem a perfeição. Esses dois aspectos da santificação estão implícitos no fato de que aqueles que foram tratados como santificados e santos (1 Ped. 1:2; 2:5), são exortados a serem santos (1 Ped. 1:15).
Aqueles que estavam mortos para o pecado (Col 3:3) são exortados a mortificar (fazer morto) seus membros pecaminosos (Col 3:5). Aqueles que se
despiram do homem velho (Col. 3:9) são exortados a vestirem-se ou revestirem-se do homem novo. (Efés 4:22; Col. 3:8.)
Os meios de regeneração.
(a) Agência divina.
O Espírito Santo é o agente especial na obra de regeneração. Ele opera a transformação na pessoa. (João 3:6; Tito 3:5.) Contudo, todas as Pessoas da Trindade operam nessa obra. Realmente as três Pessoas operam em todas as divinas operações, embora cada Pessoa exerça certos ofícios que lhe são peculiares. Dessa forma o Pai é preeminentemente o Criador; contudo,
tanto o Filho como o Espírito Santo são mencionados como agentes na criação. O Pai gera (Tia. 1:18) e no Evangelho de João, o Filho é apresentado como o Doador da vida. (Vide caps. 5 e 6.)
Notem especialmente a relação de Cristo com a regeneração do homem. É ele o Doador da vida. De que maneira ele vivifica os homens? Vivifica-os por morrer por eles, de forma que, ao
comerem sua carne e beberem seu sangue (que significa crer em sua morte expiatória), eles recebem a vida eterna.
Qual é o processo de conceder a vida aos homens? Uma parte da recompensa de Cristo era a prerrogativa de conceder o Espírito Santo (Vide João 3:3,13; Gál.3:13,14), e ele ascendeu para que pudesse tomar-se a Fonte da vida e energia espiritual (João 6:62; Atos 2:33). O Pai tem vida em
si (João 5:26); portanto, ele concede ao Filho ter vida em si; o Pai é a Fonte do Espírito Santo, mas ele concede ao Filho o poder de conceder o Espírito; desta forma o Filho é um "Espírito vivificante" (1 Cor. 15:45), tendo poder, não somente para ressuscitar os mortos, fisicamente, (João 5:25,26) mas também vivificar as almas mortas dos homens. (Vide Gên 2:7; João 20:22; 1 Cor. 15:45.)
(b) A preparação humana. Estritamente falando, o homem não pode cooperar no ato de regeneração, que é um ato soberano de Deus; mas o homem pode tomar parte na preparação para o novo nascimento. Qual é essa preparação? Resposta: Arrependimento e fé.
4. Efeitos da regeneração.
Podemos agrupá-los sob três tópicos: posicionais (adoção); espirituais (união com Deus); práticos (a vida de justiça).
(a) Posicionais. Quando a pessoa passa pela transformação espiritual conhecida como regeneração, torna-se filho de Deus e beneficiário de todos os privilégios dessa filiação. Assim escreve o Dr. William Evans: "Pela adoção, o crente, que já é filho de Deus, recebe o lugar de filho adulto; dessa forma o menino torna-se filho, o filho menor torna-se adulto." (Gál. 4:1-7.) A palavra "adoção" significa literalmente: "dar a posição de filhos" e refere-se, no uso comum, ao homem que toma para seu lar crianças que não são as suas pelo nascimento.
Quanto à doutrina, devemos distinguir entre adoção e regeneração: o primeiro é um termo legal que indica conceder o privilégio de filiação a um que não é membro da família; o segundo significa a transformação espiritual que toma a pessoa filho de Deus e participante da natureza divina. Contudo, na própria
experiência, é difícil separar os dois, visto que a regeneração e a adoção representam a dupla experiência da filiação.
No Novo Testamento a filiação comum é, às vezes, definida pelo termo "filhos" ("uioi"— no grego),
termo que originou a palavra "adoção"; outras vezes é definida pela palavra "tekna", no grego, também traduzida por "filhos", que significa literalmente "os gerados", significando a regeneração. As duas idéias são distintas e ao mesmo tempo combinadas nas seguintes passagens: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder (implicando adoção) de serem feitos filhos de Deus... os quais... nasceram... de Deus" (João 1:12,13). "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados (implicando adoção) filhos de Deus (a palavra que significa "gerados" de Deus)" (1 João 3:1). Em Rom. 8: 15,16 as duas idéias se entrelaçam: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos Abba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus."
(b) Espirituais. Devido à sua natureza, a regeneração envolve união espiritual com Deus e com Cristo mediante o Espírito Santo; e essa união espiritual envolve habitação divina (2 Cor. 6:16-18; Gál. 2:20; 4:5,6; 1 João 3:24; 4:13.) Essa união resulta em um novo tipo de vida e de caráter, descrito de várias maneiras; novidade de vida (Rom. 6:4); um novo coração (Ezeq. 36:26); um novo espírito (Ezeq. 11:19); um novo homem (Efés. 4:24); participantes da natureza divina (2 Ped. 1:4). O dever do crente é manter seu contacto com Deus mediante os vários meios de graça e dessa forma preservar e nutrir a sua vida espiritual.
(c) Práticos. A pessoa nascida de Deus demonstrará esse fato pelo ódio que tem ao pecado (1 João 3:9; 5:18), por obras de justiça (1 João 2:29), pelo amor fraternal (1 João 4:7) e pela vitória que alcança sobre o mundo (1 João 5:4).
Devemos evitar estes dois extremos: primeiro, estabelecer um padrão tão baixo que a regeneração se torne questão de reforma natural; segundo, estabelecer um padrão elevado demais que não leve em conta as fraquezas dos crentes. Crentes novos que estão aprendendo a andar com Jesus estão sujeitos a tropeçar, como o bebê que aprende a andar. Mesmo os crentes mais velhos podem
ser surpreendidos em alguma falta. João declara que é absolutamente inconsistente que a pessoa nascida de Deus, portadora da natureza divina, continue a viver habitualmente no pecado (1 João 3.9), mas ao mesmo tempo ele tem cuidado em escrever: "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 João 2:1).