Posted by : Francisco Souza quarta-feira, 6 de setembro de 2017



A conversão de Saulo de Tarso , A Chamada de Paulo


Conquanto a tivesse precedido um longo período de "incubação" inconsciente, sem dúvida alguma a conversão de Paulo foi repentina. Ele não conseguira banir da mente o rosto do mártir moribundo – "como se fosse rosto de anjo". Nem podia ele esquecer-se da última oração pungente de Estevão: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (Atos 7:6).
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O Espírito Santo, sempre ativo, havia preparado o palco, no decorrer dos anos, para este grandioso confronto e capitulação. O raio luminoso cegante encontrou uma vasta quantidade de material inflamável no coração do jovem perseguidor. O milagre aconteceu em pleno meio-dia. Paulo viu a Jesus em toda a sua glória e majestade messiânicas. Não se tratava de mera visão, pois ele classifica o
fato como a última aparição do Salvador a seus discípulos, e o coloca no mesmo nível de suas aparições aos outros apóstolos. Sua declaração é clara e inequívoca.
E apareceu a Cefas, e, depois, aos doze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora, porém alguns já dormem. Depois foi visto por Tiago, mais tarde por todos os apóstolos, e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo (I Coríntios 15:5-8).

Não foi um êxtase, mas uma aparição real e objetiva do Cristo ressurreto e exaltado, vestido de sua
humanidade glorificada. Paulo convenceu-se de imediato de que Cristo não era um impostor. Quão diferente foi a entrada em Damasco daquela que o inquisidor havia imaginado! "E, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia… mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer… Então se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco" (Atos 9:4-8). Paulo entrou cativo em Damasco, acorrentado à roda da carruagem de seu Senhor vencedor. Fora tudo estava escuro, mas dentro tudo era luz.
A rendição de Paulo ao Senhorio de Cristo foi imediata e absoluta. Desde o momento em que ele reconheceu que Jesus não era um impostor, mas o Messias dos judeus, ele ficou sabendo que só poderia haver uma resposta. Toda a história se resume nas suas duas primeiras perguntas: "Quem és tu, Senhor?" "Que farei, Senhor?" (Atos 22:8,10). A verdadeira conversão sempre resulta em rendição à vontade de Deus, pois a fé salvadora implica obediência (Romanos 1:5).

Quão surpreendente foi a estratégia vitoriosa de Deus! C.E. Macartney escreve: "O mais amargo inimigo tornou-se o maior amigo. A mão que escrevia a acusação dos discípulos de Cristo, levando-os à presença dos magistrados e para a prisão, agora escrevia epístolas do amor redentor de Deus. O coração que bateu de júbilo quando Estêvão caiu sobre as pedras sangrentas, agora se regozijava em açoites e apedrejamentos por amor de Cristo. Do outrora inimigo, perseguidor, blasfemador proveio a maior parte do Novo Testamento, as mais nobres declarações de teologia, os mais doces poemas de amor cristão" (J.O. Sanders, p.28).

5. A Chamada de Paulo
O chamado de Deus veio a Paulo de forma tão clara e específica que não lhe foi possível confundi-lo, enquanto jazia deitado no chão cego pela luz celestial. Ananias também comunicou-lhe a mensagem
que havia recebido de Deus: "O Deus de nossos pais de antemão te escolheu para conheceres a sua vontade, ver o Justo e ouvir uma
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voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido" (Atos 22:14-15).
Mais tarde, quando Paulo voltava para Jerusalém, sobreveio-lhe um êxtase, e viu aquele que lhe falava e que lhe disse: "vai, porque eu te enviarei para longe aos gentios" (Atos 22:17,18,21). A Ananias, cujo temor bem podemos compreender, comissionado por Deus para dar as boas-vindas ao notório perseguidor da Igreja cristã, Deus também indicou a esfera de testemunho para a qual ele havia chamado Paulo: "Mas o Senhor lhe disse [a Ananias]: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto importa sofrer pelo meu nome" (Atos 9:15-16).
Paulo revelou outra faceta de seu chamado ao se defender perante Agripa: "Ouvi uma voz que me falava… Levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda; livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus" (Atos 26:14-18).

Assim, desde os primeiros dias de sua vida cristã, Paulo não somente sabia que era um veículo escolhido por meio de quem Deus comunicaria sua revelação, mas tinha uma idéia geral do que Deus havia planejado para seu futuro: (a) Seu ministério o levaria para longe do lar; (b) Ele teria um ministério especial entre os gentios; (c) Esse ministério lhe traria grande sofrimento. Só aos poucos ele chegou a compreender que este chamado não era tanto um novo propósito de deus para sua vida, quanto a culminação do processo preparatório iniciado antes de seu nascimento.

Assim é hoje. O chamado do dirigente cristão não é tanto um novo propósito para sua vida quanto a descoberta do propósito para o qual Deus o trouxe ao mundo. O Senhor havia dito aos seus discípulos que os postos de liderança no seu Reino dependiam da soberana nomeação de seu Pai. "Quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda… é para aqueles a quem está preparado" (Marcos 10:40). Paulo reconhecia esta verdade, mas só aos poucos ele chegou a um claro entendimento do trabalho que Deus tinha para ele.

Só depois que os judeus rejeitaram de forma consistente sua mensagem é que Paulo se devotou quase que exclusivamente aos gentios. Sua experiência em Corinto chegou a uma fase decisiva. "Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus. Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes. Sobre a vossa cabeça o vosso sangue! eu dele estou limpo, e desde agora vou para os gentios" (Atos 18:5-6).
Alguns anos após a sua conversão, este chamado inicial foi renovado e confirmado pela igreja de Antioquia onde ele havia trabalhado por um ano. "E, servindo ele [os dirigentes] ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13:2). De modo que o chamado
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geral se tornou específico, e eles alegremente partiram, "enviados pelo Espírito Santo". O primeiro passo no cumprimento da grande comissão do Senhor e o começo do importante empreendimento missionário de amplitude mundial havia sido realizado com segurança.

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