Posted by : Francisco Souza quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A Cruz de Cristo.


(Verso 17). O apóstolo em primeiro lugar confirma diante destes crentes a Cruz de
Cristo. Ele tinha sido enviado, não para batizar, mas para pregar as boas novas. A
pregação não foi com a sabedoria de palavras para que a Cruz de Cristo não fizesse
nenhum efeito. O Evangelho não pode ser anunciado por meras palavras; deve ser
anunciado pela Cruz. É um princípio profundamente importante compreender que Deus
nos comunica com Ele pelas Suas ações, e não simplesmente por descrições ou
afirmações Dele mesmo. A filosofia e a teologia procuram descrever Deus; mas a
descrição requer a sabedoria de palavras, e a sabedoria de palavras demanda o ser
humano aprenda a imaginar e entender as palavras.


Deus é muito grande para ser descrito por palavras, e somos muito pequenos para perceber meras descrições. Assim Deus tomou outro caminho, na verdade o único caminho possível, para fazer a Ele
mesmo e as Suas boas novas conhecidas. Ele se fez conhecido pessoalmente e em ações.
Deus se tornou manifesto na carne na Pessoa de Cristo, e se fez conhecido em todas as
Suas atividades entre os homens. E essas atividades de graça e amor e santidade
culminam na Cruz de Cristo. A Cruz é a maior demonstração possível do amor de Deus
para com o pecador, do ódio de Deus contra o pecado, e da colocação de lado do
homem carnal. Sendo assim, o apóstolo recusa anunciar as boas novas por meras descrições, que
implicam a sabedoria de palavras, mas não confirma diante deles a Cruz de Cristo, que
deixa de lado o homem que os Coríntios estavam exaltando.

2. A pregação da Cruz

(Versos 18-25). Os filósofos preferem as suas dissertações eruditas; por isso, a
pregação da Cruz é para eles loucura para os que perecem. Os sábios deste mundo não
enxergam a glória da Pessoa que foi cravada na cruz, e por essa razão não vêem o amor
de Deus que deu a Si mesmo para sofrer, nem a santidade de Deus que demanda tal
sacrifício, nem a ruína completa do homem demonstrada na Cruz. Tudo o que vêem é
um Homem pregado a uma Cruz entre dois ladrões; por isso a pregação da salvação pela
Cruz parece para eles uma loucura completa. Aqueles que pensam assim são aqueles
que perecem. Para aqueles que são salvados a Cruz é o poder de Deus para salvar, pois
por meio dela Deus pode justamente salvar o mais vil pecador.

A sabedoria do mundo é assim exposta e reduzida a nada. O mundo teve muito
tempo para desenvolver a sua sabedoria, o resultado é que toda a sabedoria dos filósofos
se mostrou loucura, já que deixou o homem na ignorância completa de Deus. O fim de
toda a sabedoria do homem é que “o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria”.
Não foi que o mundo pela sua ignorância ou estupidez não conhecia a Deus, mas pela
sabedoria ele não conhecia a Deus. O resultado líquido de toda a sabedoria das eras – os
esforços combinados do intelecto mais aguçado do mundo – é para deixar o homem na
ignorância completa de Deus, e na ignorância completa de si mesmo. Quando o fracasso
completo da sabedoria do homem tinha sido demonstrado, então agradou a Deus pela
loucura da pregação salvar aqueles que crêem.

Mas a forma de Deus revelar a Si mesmo e abençoar o homem é igualmente
ofensivo para os judeus e para os gentios. Os judeus pediam “sinal”, alguma intervenção
miraculosa de Deus que apelasse para os sentidos; os gentios buscavam o raciocínio
filosófico que apelasse para a mente. Deus apela para a consciência e o coração através
de Cristo crucificado. Isso, contudo, era uma pedra de tropeço para os judeus e loucura
para aos gentios.

Os Judeus procuravam um Messias que reinasse no poder de um trono, Alguém
que reavivasse o reino, suprimisse os seus inimigos, e estabelecesse Israel como cabaça
das nações. Cristo reinando em um trono podiam entender; Cristo crucificado em uma
Cruz era uma ofensa para eles. Não tendo nenhum sentido para a necessidade deles
como pecadores, não podiam ver nenhum significado na Cruz. Para eles em sua
incredulidade ela se tornou pedra de tropeço.


Quanto aos gentios, que procuravam algo que apelasse para a razão – alguma
coisa nova, algum esquema da filosofia – dizer a eles que havia salvação através de um
Homem crucificado; vida através de um Homem morto; poder através de Alguém que
foi crucificado em fraqueza, era falar daquilo que na visão deles era uma loucura
completa. Sem embargo, para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos,
Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. Nele os tais descobrem o poder de Deus
para salvar, e a sabedoria de Deus na realização de todos os Seus propósitos.
Para a mente do homem a pregação é “a loucura de Deus” e a Cruz “a fraqueza de
Deus”. Sendo assim, isso apenas provará que “a loucura de Deus é mais sábia do que os
homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”.

3. O chamamento de Deus

(Versos 26-29). O apóstolo colocou de lado a carne religiosa do judeu, e a carne
intelectual do gentio, apresentando a Cruz e a pregação da Cruz. Agora ele coloca de lado o orgulho da carne apresentando o chamamento de Deus. “Vede irmãos a vossa
vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem
muitos os nobres, que são chamados”. O louco, o débil, o vil, o desprezado, e as coisas
que não são, Deus escolheu para confundir o sábio e “aniquilar as que são”. Por isso
veio a acontecer que um mendigo cego confundiu os sábios fariseus, e simples
pescadores confundiram tão completamente os sábios regentes de Israel que foram
compelidos a dizer: “O que faremos?”
Deus assim usa “as coisas que não são, para aniquilar as que são”. Durante os dias
dos apóstolos as coisas pelas quais os homens procuravam se exaltar era o judaísmo e a
filosofia; e Deus usou homens simples para reduzir essas coisas a nada, para que
nenhuma carne pudesse se gloriar em Sua presença.


A carne deve se gloriar em alguma coisa, seja o nascimento as riquezas ou o
intelecto; mas na presença do Deus nem o crente nem o incrédulo podem gloriar-se
dessas coisas. Aliás, na presença uns dos outros podemos procurar nos exaltar pelo
nascimento, ou pelas riquezas, ou pela sabedoria, ou pelas realizações; mas na presença
de Cristo nos envergonhamos das mesmas coisas nas quais nos gloriamos diante uns dos
outros. Não ousamos mencioná-las em Sua presença, salvo para nos condenar por nos
gloriar nelas. Gloriar-se nelas mostra apenas quão pouco estamos em Sua presença.

A posição do crente em Cristo

(Versos 30, 31). Finalmente, o apóstolo coloca de lado a carne apresentando a
origem e a posição do crente. O crente é “de Deus”. Quão maior é ser “de Deus” do que
ser nobre de nascimento, poderoso, sábio, ou rico. Ainda mais, somos de Deus “em
Cristo Jesus”. Não apenas temos uma origem de Deus, mas somos colocados em uma
posição inteiramente nova perante Deus – estamos “em Cristo Jesus”. Não estamos
diante de Deus em condição e posição de Adão, distante de Deus e sob julgamento, mas
estamos em Cristo em toda a Sua apropriação de Deus e do céu.




Isso ainda não é tudo. Podemos ter apenas pouca sabedoria por nós mesmos; sem
embargo, Cristo é feito para nós sabedoria. Não precisamos nos voltar para a sabedoria
para a filosofia, para homens sábios, ou para a nossa própria sabedoria imaginativa, pois
temos a Cristo. Tendo Cristo vemos de uma vez o que toda a sabedoria do mundo nunca
pode nos ensinar. Cristo, na Cruz, expos completamente a nossa ruína e tornou Deus
conhecido em Seu amor. Cristo na glória expõe todos os propósitos de Deus. Em Cristo
vemos a sabedoria de Deus encontrando a nossa ruína e cumprindo o Seu propósito.
Além disso, Cristo é feito para nós justiça. Não temos nenhuma justiça de Deus. A
justiça de Deus é vista em nos justificar consistentemente com Ele mesmo pela morte de
Cristo. Se quisermos saber o que essa justiça é, e quão perfeitamente nos ajusta para a
glória, então não precisamos confiar no homem ou em nós mesmos, mas em Cristo. Ela
esta exposta em Cristo na glória.

Cristo também é feito para nós a santificação. Cristo é a medida, o padrão e o
poder para a santificação. Finalmente, Cristo é feito para nós a redenção, “a libertação
completa dos efeitos do pecado em nossos corpos”, pela qual esperamos. Já vemos essa
redenção exposta em Cristo; nós a temos agora em Cristo o nosso Cabeça; esperamos
para que ela seja manifestada em nós.
Tendo, então, tudo em Cristo, e nada no homem como tal, “aquele que se gloria,
glorie-se no Senhor”. Assim a Cruz, a pregação da Cruz, o chamamento de Deus, e a
nossa posição em Cristo perante Deus, excluem inteiramente a carne.

DEIXE SEU COMENTÁRIO !!!

Atenção:

Faça seu comentário dentro do assunto tratado acima;
Não divulgue endereço(s) de Sites ou Blogs;
Comentário que conterem divulgação serão moderados, somente serão aceitos links caso necessite de informar alguma fonte;
Proibido Spans;
Não faça Comentários Ofensivos, Ameaças, ou Termos preconceituosos.

OPINE, DÊ SUA SUGESTÃO, CONTATO, DÚVIDAS ETC. OBRIGADO DESDE JÁ !!!

Inscrever-se para Posts | Subscrever Comentários

Welcome to My Blog

As 366 mensagens bíblicas e principalmente didáticas contribuirão para melhor preparação dos seus sermões.

Cookies

adsbygoogle

LEIA A BIBLIA

►LEIA A BÍBLIA◄

ABOUT & SOCIAL


Tenha 3.mil Esboços Poderosos para Pregações: Domine o Púlpito com Mensagens Inspiradoras!" Impactan

Veja Anúncios

►LEIA A BÍBLIA◄

Postagem em destaque

Um Rei que não conhecia a Deus

Um Rei que não conhecia a Deus Um Rei que não conhecia a Deus "Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não con...

Leia + Nossa Postagem

Postagens mais visitadas

- s; Estudo Postagem Profética -Missionario Francisco-Missionaria Fatima Blogger - Designed Fra e Fati Somos Uma Familia Missionaria -